quinta-feira, 26 de agosto de 2010

leituras

Fazia alguns dias que eu estava com aquela coceirinha pra comprar um livro. Os últimos que eu havia comprado já tinha terminado de ler. Li um emprestado de meu colega e estava sem. Eu precisava de um livro novo. Sábado comprei 2, estavam com ótimos descontos na livraria Cultura. Comprei “Comprometida”, de Elizabeth Gilbert, a mesma de “Comer, rezar, amar”, que em breve estará nos cinemas, e “A ilha sob o mar”, de Izabel Allende. Aliás, resolvi que vou ler todos os livros dela . Esse será o quarto dela. Estou satisfeita com minhas leituras atuais, porque depois de anos estagnada, lendo só textos acadêmicos por conta do mestrado, de duas especializações e por conta das aulas que eu dava, desde que iniciei nesse novo trabalho, no final de novembro, pude conciliar as atividades com as leituras, tanto que eu já li 15 livros nesse período. Uns grossos outros não, mas é um número ótimo. Leituras variadas, de John Grogan (Marley e Eu) a Tolstói (A morte de Ivan Ilitch), passando por Clarice Lispector, Kafka, Dostoiévsk, Saramago, Hermann Hesse, Melville. Esse último numa publicação inusitada. “ O escrivão” tem as folhas coladas e vem com uma reguinha que serve de marca textos, ou vice-versa, que a gente usa para soltar as páginas. É um “livro-arte”. Bem interessante.

Eu gosto de livros de memórias. Livros em que o escritor conta sua própria história – que muitas vezes não tem nada de melhor ou pior do que a nossa – mas com o ar da literatura fica ótimo. Isso é o que torna a história interessante. Em Comprometida, Elizabeth, ao mesmo tempo em que narra sua “saga” matrimonial, também fala sobre a paixão e o casamento em seu aspecto histórico, cultural e afetivo, com pitadas de humor. Não consigo resistir a marcar as partes do texto que me chamam mais atenção, como essa: “ Todo mundo se apaixona pelos aspectos mais perfeitos da personalidade do outro. Quem não se apaixonaria? Todo mundo consegue amar as partes maravilhosas do outro. Mas isso não é esperto. O truque esperto é o seguinte: dá para aceitar os defeitos? Dá para olhar francamente os defeitos do parceiro e dizer: 'Isso dá para contronar. Dá para ganhar alguma coisa'? Porque o bom estará sempre ali e será sempre bonito e brilhante, mas o lixo que está por trás pode acabar com a gente”. Faz lembrar as palavras de minhas mãe dizendo que a gente tem que por tudo numa balança e ver qual é o lado que pesa mais, o das coisas boas ou o das ruins.

Um comentário:

  1. Ler, ler, ler e ler se as pessoas soubessem como é bom ler. Iriam ler muito mais.

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