quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Último dia do Ano

É o último dia do ano. Termino 2009 trabalhando, ou, pelo menos, cumprindo meu horário, como uma boa funcionária. Desejei muito não ter que vir ao trabalho hoje, não por ser dia 31 e quase não ter ônibus circulando, nem por querer organizar meu apartamento, mas por estar com uma danada de uma gripe. Sabe aqueles dias em que você gostaria só de ficar na cama? Ainda mais com chuva! Pois é... mas eu estou aqui. Trabalhando!
Termino meu ano com a pia entupida, gripada, longe da família... Que nada! Tenho tanto o que agradecer por esse ano, afinal os três pedidos que fiz na virada do ano foram atendidos! O segredo é não pedir muita coisa e que sejam coisas possíveis. Também não se pode ficar esperando que as coisas caiam do céu.
Eu queria ser mais feliz no meu trabalho, fazer algo em que eu me sentisse realizada, valorizada, pois estava numa deprê... consegui isso. Passei quase o ano todo trabalhando na secretaria de educação do município, que foi ótimo, e terminei o ano assumindo uma vaga na redação do MMA, em Brasília. O trabalho é ótimo, as pessoas são legais e o salário é muito bom.
Eu queria ter novamente meu espaço, uma vez que há dois anos morava na casa de meus pais. No início do ano meu irmão e eu alugamos uma casa e fomos morar juntos. Termino o ano em Brasília, morando num apartamento (pequeno, mas aconchegante), só para mim.
Eu queria um novo amor. Alguém que, sobretudo, me amasse, pois sendo assim, faria de tudo por mim... Cheguei a pensar que havia encontrado, depois me decepcionei, mas heis que termino o ano com alguém muito especial! Que me ama, que faz de tudo por mim!
Mas não pensem que fiquei sentada esperando tudo isso acontecer!!! O destino ajudou bastante, mas não fossem minhas iniciativas, meu desprendimento, minha vontade, as coisas boas poderiam ter passado despercebidas...

Bem, desejo que em 2010 você também tenha seus pedidos realizaddos e eu vou pensar bem em quais vou fazer para esse ano que inicia.

FELIZ ANO NOVO!!!!!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ele chegou!!!

Depois de cerca de 9h de viagem, fechado numa caixinha, eis que chega a Brasília... Quixote!! Estava ansiosa para ver como ele estava. Meio tonto, confuso, mas bem, graças a Deus!
Fiquei olhando pra ele ontem, circulando no pequeno espaço do meu apartamento e pensando se fiz a coisa certa, trazendo-o para cá. Do ponto de vista da minha necessecidade afetiva sim, mas e para ele?
Concluí que sim porque os animais (assim como nós) se adaptam aos mais diversos ambientes e, além disso, ele é o meu cachorro e não seria certo deixá-lo sob a responsabilidade de outras pessoas que têm seus compromissos.
Vai dar tudo certo. É preciso apenas passarmos pela fase de adaptação que inclui conviver no pequeno espaço, acostumar-se com o barulho vindo da vizinhança, acostumar-se com os suspiros e gemidos do Quixote sem deixar que isso atrapalhe a noite de sono...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ao finalizar o ano, é bom refletir sobre uma característica essencial nos tempos de hoje, a tolerãncia. E quem assitiu ao filme Crash vai concordar comigo. É a intolerância a mãe do egoísmo, que gera o individualismo e a violência.

[...]Em uma época em que reina o "não engulo sapos", o "bateu, levou", o "não levo desaforos para casa", é bom lembrarmos o quanto perpetuamos a cadeia de violência que tanto queremos combater. Raramente uma violência tem causa única. Ela é o resultado prático de inúmeras questões, geralmente envolvendo violências anteriores.

Uma guerra, uma concorrência desleal, um preconceito ou um fanatismo, um complexo de superioridade ou inferioridade, um amor não correspondido, uma ridicularização, uma esperança não realizada, uma confiança traída, uma sentimento indevido de posse, uma suscetibilidade ferida, uma desavença com o vizinho, uma briga entre irmãos, uma alteração psiquiátrica, um estado emocional abalado, uma inveja ou ambição destrutiva, uma diferença de opiniões entre os pais acerca dos próprios filhos, uma inconformidade com a separação conjugal etc. Tudo pode ser explicado por uma série de vertentes, cada uma contendo sua razão. Mas todas elas poderiam ser enormemente minimizadas se houvesse mais tolerância, generosidade e perdão.

Uma ação, voluntária ou não, depende não só de quem a faz, mas também de quem a recebe. Um mesmo gesto pode ser recebido com indiferença ou lisonja por um; ao mesmo tempo, outro ser humano pode se sentir ofendido e prejudicado. Estas duas diferentes recepções podem vir de uma mesma pessoa que esteja passando por diferentes momentos de vida. Como é praticamente impossível controlar as ações e reações das outras pessoas, fica claro o quanto cada um de nós teria de desenvolver a prática da tolerância, da generosidade e do perdão nas suas próprias ações e reações.


Mudança dentro de nós mesmos
Assim, se quisermos viver em um mundo melhor, comecemos por uma mudança dentro de nós mesmos. Vamos praticar a auto e "heterotolerância". Pessoas que cobram muito de si mesmas podem esperar que outras pessoas também sejam assim, e acabam sobrecarregadas com excesso de trabalho e falta de tempo para si. Elas praticam violência contra elas próprias e acabam indispostas com outras pessoas, que as frustram por não pensarem da mesma forma. Priorizar atividades e tempo é fundamental para se viver em paz e tolerar deslizes alheios. Violências podem surgir entre dois apressados no trânsito que acabam se atrasando mais quando se envolvem em acidentes.

Quem não prioriza tempo, atividade e relacionamentos, não está sendo generoso consigo próprio: esse indivíduo procura relevar falhas alheias enquanto suporta e pode se tornar violento quando explode, por não suportar mais. Uma das maneiras de ser generoso é usar a expressão "isso não é comigo" e seguir em frente quando outros cometem inadequações. Pode parecer egoísmo, mas muitas violências surgem quando o inocente reage e ambos acabam brigando porque não querem levar desaforo para casa.

O perdão pode ser um gesto de generosidade e saúde. Quem não perdoa, quem traz o espírito da vingança, da reação a qualquer custo, traz também dentro de si uma insana autoridade prepotente com alma carregada de agressividade. Fica cego quem olha somente as inadequações alheias, pois julga, condena e aplica a pena sem ouvir o que se passou com os outros.

Ser tolerante, generoso e perdoador - longe de ser passivo - é um gerador de almas límpidas que contagiam outras pessoas, desarmando-as da própria violência que carregavam dentro de si. [...]
Içami Tiba


Em minhas orações, um de meus pedidos é que Deus me ajude a ser mais tolerante. A tolerância precisa ser exercitada, depende também de exercitar a paciência, coisa que para mim exige muito esforço, tendo em vista minha natureza ansiosa.
Estava aborrecida com umas coisinhas que aconteceram, um pouco decepcionada com minhas relações de amizade...me sentindo um tanto excluída, esquecida... pensei em escrever para falar disso, mas quero mesmo exercitar a tolerância.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Oswaldo Montenegro



Sim, ele mesmo, com suas poesias, mais do que músicas, brindou Brasília com um show na Esplanada dos Ministérios, bem aqui na frente! E como eu poderia deixar de ir vê-lo? A espera foi grande, demais para o meu gosto. Ainda bem que o show valeu a pena, mesmo estando "sozinha".
Começo a perceber algumas das vantagens de se estar na Capital Federal...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

turismo noturno

Esqueci de contar...
Terça-feira eu peguei um ônibus que fazia uma linha diferente da habitual para ir para casa do trabalho. Circulei durante mais de 40min por Brasília, pena que no escuro não dava pra ver nada senão o turismo noturno valeria a pena. Eu só não me chateei mais porque eu sabi que chegaria ao meu destino de um jeito ou de outro e não me atrevi a descer antes de ter a certeza de que estava perto de casa. E a propósito, quem, morando recentemente em uma cidade, nunca se perdeu ou pegou o ônibus errado? Como eu iria ficar fora dessa? Não teria graça, o que eu iria contar aqui!

Betinho... ou Betinha

Na ausência de meu companheiro, Quixote, e para suprir a falta que ele me faz, fui presenteada com o Betinho, ou Betinha, uma vez que não descobri o sexo de meu peixinho beta. Bem, eu o recebi com muito carinho e começava a desenvolver por ele uma afeto verdadeiro quando... ele morreu!
Pobre bichinho, suportou apenas seis dias em minha companhia. Não sei se a razão de sua morte foi alguma negligência minha ou razões biológicas mesmo. Ele foi comprado numa feira, sabe-se lá como era tratado, coitadinho.
Bem, mas descobri que gosto de peixinhos e quem sabe voltarei a ter um em breve, depois de minhas pequeneníiiiiiisimas férias de Natal.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Últimos capítulos da novela: procura-se um apartamento

Finalmente a novela está nos últimos capítulos. Desde os primeiros dias em Brasília, comecei a procurar um lugar para morar. A primeira dificuldade foi visitar os apartamentos. Depois de localizar e selecionar endereços na internet ou jornal é preciso contactar com as imobiliárias. Em nenhuma das que liguei havia alguém que pudesse me levar para visitar os apartamentos. Diferentemente de minha amada cidade, aqui, o interessado deve pegar a chave na imobiliária, ou se der sorte, na portaria do prédio, e visitar sozinho o imóvel, depois, devolve-se a chave. Ocorre que, muitas vezes a chave está de um lado da cidade e o imóvel noutro. Ocorre também, de você ir até o imóvel mas não encontrar o zelador, ou o porteiro que estão com as chaves. Para essa maratona de paciência, gasta-se, e muito, com táxi.
Vencida essa primeira etapa, vem a batalha seguinte: conseguir que a imobiliária alugue o imóvel para você. Bem, se você não tiver dois fiadores na cidade, com imóvel quitado, sua opção pode ser fazer um caução ou um seguro. Nem todas as imobiliárias tem a segunda opção. A terceira parece mais viável, mas ter sua ficha aprovada pela seguradora, não é tão fácil quanto parece. Tenho um ótimo salário, sou solteira, o que significa que o dinheiro é só pra mim, trabalho num Ministério, que deveria ser confiável, tenho um carro, não tenho nome sujo, mas por alguma razão não sou digna da confiança de uma seguradora. A mesma, para quase todas as imobiliárias.
Bem, depois do descaso de duas imobiliárias e da recusa da seguradora, pensei em montar uma barraca na Esplanada. Certamente chamaria atenção e talvez uma boa alma oferecesse um apartamento para eu morar, mas o medo de assustar minha família e me mandarem internar, desisti dessa empreitada e resolvi partir para outra... outra imobiliária.
Eis que quando minhas esperanças de encontrar algum locador disposto a me ajudar e compreender minhas limitações nessa cidade, encontrei uma boa alma. Uma boa alma, porque entendeu minha situação e me propos uma quarta opção!!! Fiadores de minha própria cidade!! por que ninguénm sugeriu isso antes!! Nada como ter a ficha limpa com a família!! Bem,vejo então essa novela se acabando... contrato em mão, só falta pegar a chave. A mudança é no sábado. Lamento informar que o apartamento é pequeno, festas, nem pensar. Mas dá pra por um ou vários colchões no chão pra receber minhas queridas amigas. Logo, logo, vou poder trazer pra cá o Quixote e assim, estarei finalmente instalada em Brasília.