quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Casamento Parte 1

Depois de tanta correria e contratempos, felizmente deu tudo certo e amanhã realizaremos nosso casamento civil. Portanto, a primeira parte do casório. A partir de amanhã já estarei de folga, 8 dias pelo casamento, férias e recesso de final de ano, ao todo 40 dias de folga!!! Tempo para concluir os preparativos para a cerimônia religiosa, tempo para ficar em casa com o marido, tempo para rever a família. Tempo suficiente, isso é que é bom. Será um final de ano especial, cheio de comemorações.
falando nisso, meu horóscopo de novembro disse que o fim do mês seria de festividades. Acertou em cheio.

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Vou mudar mais uma vez meu estado civil. Já fui solteira, casada, divorciada, agora casada novamente.Solteiro é o único estado civil que só se tem uma vez. Meu advogado disse que quando a gente se separa a gente pode dizer que é solteiro, a não ser em questões jurídicas, mas eu nunca conseguia dizer isso. Soava como uma mentira. Independente do tempo que se ficar casado, seja um mês, um ano ou décadas, quando se separar vai ser sempre "divorciado". Não gostava desse rótulo. Na minha opinião, melhor mesmo é ser casada.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

problemas resolvidos...

Andei meio sumida daqui. Na verdade eu acesso todos os dias para ver se meus amigos postaram novidades, mas parece que a maioria anda muito ocupada com outras coisas, ou com preguiça de escrever (acho que foi o meu caso). Bem, segundo meu noivo, o post de hoje deveria se chamar “mãos desatadas”, e ele até andou pesquisando uma imagem para ilustrar o texto(amor, desculpe, não a encontrei).

O fato é que finalmente conseguimos dar entrada no nosso casamento civil, depois de uma série de contratempos e informações contraditórias. Inclusive, na hora "h" surgiu mais um impedimento: as cópias das petições iniciais de nossos divórcios teriam de ser autenticadas!! (exigência que muda de um cartório para o outro). Para não termos que recomeçar tudo, nosso casamento terá de ser com "comunhão obrigatória de bens".O que não soa muito bem, por conta da "obrigatoriedade" (parecemos dois criminosos), mas era isso ou perdermos mais tempo. Depois de tudo isso, felizmente conseguimos que ele aconteça até a data que queríamos. Temos mais é que comemorar mesmo.

Estou ficando ansiosa como casamento. Mais precisamente com uma grande vontade de ver tudo o que foi planejado sendo colocado em prática Antes do meu, porém, há o casamento de uma querida amiga no próximo fim de semana. Ando sonhando muito com isso (sonhando mesmo, enquanto durmo!).

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Também estou contando os dias para as minhas férias. O clima aqui no trabalho foi tenso esse ano. Houve muito trabalho, muitas mudanças e muitas pressões. Às vezes até uma certa grosseria por parte da chefia (que novidade chefes agirem assim, né??).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

De mãos atadas



De casamento marcado e a burocracia emperrando. Tem gente que acha que casar é só marcar a data e preparar a festa. Ledo engano. Há uma série de exigências, que aumentam se você já tiver sido casado no civil. Estamos há menos de 60 dias do casamento religioso e não conseguimos dar entrada no casamento civil. Ta bom, tem gente que vai dizer “como é que foram marcar o casamento sem ter dado entrada nos papeis”. Não é bem assim. Era para ter sido tudo ao mesmo tempo, parecia que estava tudo certo, mas a burocracia atrapalhou. Na verdade talvez atrapalhou mais o fato de ter de depender de outras pessoas para pegar documentos e coisa e tal. Advogados ocupados, falta de alguém que possa fazer por nós de forma eficiente e eficaz, por falta de informação, de disposição, sei lá. O julgamento pode estar equivocado, mas o fato é que estamos emperrados e com as mãos atadas e o tempo passando.
Ah! E ainda teve a greve nos Correios!! Estou esperando pelos meus documentos há dias!!
Como disse, há coisas que não dependem de nós e que nossa argumentação não adianta de nada.
A gente até poderia deixar o civil para depois, se não desse tempo de fazer antes da data marcada para o religioso, o fato é que sem o casamento civil, a Igreja (pelo menos na que demos entrada nos papeis) não libera os documentos para o casamento religioso. Corre-se o risco, ainda que no momento seja remoto, de chegar o dia marcado e não termos casado no civil e, nesse caso, pelas normas da igreja, não podermos fazer a cerimônia religiosa... É no mínimo estranho. A igreja deveria ser a primeira a incentivar a cerimônia religiosa, assim não ficaremos vivendo ‘amasiadas’. E é justamente ela quem cria impedimentos!!

Diante disso, estamos preparando nosso plano B, para o caso das coisas não saírem como planejado. Inclusive me lembrei de que recentemente uma amiga se casou e como ela não segue uma religião, amigas fizeram uma cerimônia, vamos dizer, “exotérica”. Não sei se esse seria o termo correto, mas dá para ter uma ideia de como foi. Então, em últimos casos, a gente faz uma cerimônia mesmo que não tenha efeito legal. O celebrante iria ser meu tio mesmo...Uma coisa eu sei: a festa vai acontecer de qualquer maneira

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amor Contínuo

(a Família - Tarsíla do Amaral)

Recebi por e-mail este texto escrito por Robert Frost. Adorei e resolvi registrá-lo aqui.


Ame seus pais e seus irmãos. Eles são a base de sua vida, seu
chão e quem com certeza vai sempre te ajudar.
Ame suas tias e tios, porque foram eles que por muitas vezes
zelaram seu sono, quando você era apenas uma criança. Eu sei, você não
se lembra! Mas você só vai entender o amor dos tios, depois que seu
primeiro sobrinho nascer. Então, não perca tempo.
Ame seus primos e amigos por mais que eles sejam completamente
diferentes de ti.
Aceite-os. Aceite-se. Todo mundo tem defeitos.
E por falar neles... nos defeitos, ame sua barriga, suas
celulites e as tais estrias. Elas indicam que sua vida está repleta de
prazeres gastronômicos. Ame também seus quilos a mais, porque se eles
não existissem você jamais poderia comemorar a vitória de um dia
perdê-los. Ame seu cabelo do jeitinho que ele é.
E o seu armário... Mude. Completamente. Doe. Experimente
coisas novas, outras cores. Calças largas e calcinhas/cuecas de
algodão. E não troque seu velho pijama por nada nesse mundo. Ele é o
seu companheiro de sonhos.
E é com aquele tênis feio e fora de moda, com o formato exato
dos seus pés, que eu acho que você deve sair para caminhar todas as
manhãs. Pra amar as coisas que estão do lado de fora.
Tarefa difícil. Respire.
No fundo, procure outra pessoa para amar um tanto, que dê até
vontade de se casar com ela. Namore. E não se preocupe com o tempo que
a paixão vai durar. Se gostem. Se assumam. Se curtam. Se abracem. Se
beijem. Viagem.
E saiam para dançar sempre!!! Tomem café da manhã juntos.
Fiquem o domingo inteiro na cama, enquanto o mundo despenca numa chuva
fria e fina.
E quando você achar que já amou demais nessa vida, tenha
filhos. Se não conseguir, adote. Dizem que não há amor maior. E eles
vão crescer, amando você e muitas outras coisas e pessoas.
Com sorte, você terá netos. E dos seus netos, receberá mais
tarde com muito orgulho, o amor dos bisnetos.
Quando pede alguma coisa, saiba também agradecer, agradeça
pelas coisas, a Deus pela tua vida, pelos amigos que tem, por que cada
um que passa pela tua vida nunca passa por acaso, há sempre o que
aprender e também a ensinar.
Quando você achar que deve mudar alguma coisa, então faça
alguma coisa pra mudar. Nunca permita que teus medos impeçam de fazer
aquilo que deseja.
Procure gostar das coisas internas, não fique colecionando
matérias, o bem físico se vai, mais cedo ou mais tarde, o que fica
verdadeiramente é o que você faz pelos outros e por você mesmo! Pense
nisso!
O amor de cada pessoa é contínuo... É para sempre. É INFINITO!!!
O destino decide quem vamos encontrar na vida.
As atitudes decidem quem fica!



Saudades daquela adorável confusão que é viver perto da família...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Preparativos – parte II

Nos meus 5 dias de férias que tirei no início do mês, viajei para organizar os preparativos para o casamento. Era tanta coisa pra fazer que eu fiz uma lista e programei as tarefas de cada dia para poder dar conta. Com um feriado no meio da semana ficou ainda mais difícil. Faltava escolher o vestido, os doces, o bolo, o cardápio do jantar, a floricultura, fotógrafo, as músicas para a cerimônia (as que farão parte da missa), entregar convites... e muitos outros detalhes.



Foi um sufoco e ao mesmo tempo divertido. Surgiram imprevistos, como ter de mudar de Igreja e reimprimir os convites e ter de arranjar outras pessoas para preparar o jantar!! Deu trabalho escolher a floricultura e definir a decoração e muito mais para escolher o vestido. Provei mais de 50, fui a várias lojas e só decidi poucas horas antes de retornar pra casa. Eu não queria nada muito caro, muito extravagante, queria algo confortável... só o quesito valor já reduz muito as opções. Como é caro alugar um vestido de noiva!

Tem gente (leia-se empresários/comerciantes) que acham que só porque a gente está casando está disposto a gastar fortunas!! Eu queria/quero um casamento bonito, mas não quero exageros. Só quero gastar aquilo que é necessário para deixar a cerimônia bonita, para receber bem meus convidados... ter um dia agradável. Não estou me casando para me exibir, nem para disputar o vestido mais bonito, a festa mais chique com ninguém. O mais importante para mim é a cerimônia, o ato em si, e não glamour. Mas tem quem pense diferente. Percebi até algumas reações estranhas, uns olhares que pareciam dizer “coitada, não pode gastar muito, é pobrezinha” ou “mão de vaca”. Puxa, nem todo mundo é consumista!! Nem todo mundo pensa no casamento como momento para exibicionismo!! E, claro, não tenho dinheiro para isso e mesmo que tivesse! Como é difícil querer fugir desses clichês. Já vi muitas histórias de gente que se casou, gastou fortunas e se separou menos de um ano depois. Vai ser simples, mas bonito, tenho certeza. E o melhor de tudo: inesquecível.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

9 de agosto


Em 9 de agosto de 2011 eu obtive meu primeiro resultado de gravidez positivo. Três dias depois eu tive minha primeira (e quiçá, única) frustração deste tipo: um aborto espontâneo.

Aos primeiros sinais de atraso menstrual surgiu a expectativa e a alegria pela gestação tão esperada. Há exatamente um ano parei de tomar pílula e venho tentando engravidar. Fiz todos os exames solicitados pela ginecologista e nada de errado foi constatado. Era só praticar. Foi o primeiro indício de gravidez. Meu marido/noivo e eu ficamos muito felizes e eu logo tratei de espalhar a notícia. Mas quando o sangramento começou, fiquei apreensiva e com medo. Na internet muitos artigos dizem que isso é normal, que significa que o embrião se colou ao útero ou coisa assim, mas a situação só foi piorando e vieram as cólicas. Exames de BHCG e ecografia transvaginal confirmaram: não havia mais indícios de gravidez.

Não posso dizer que foi um choque, uma tragédia, porque estava apenas no início, e eu nem mesmo me sentia grávida. Era até estranho quando alguém mencionava isso, mas fiquei triste. Na noite em que o sangramento começou meu marido e eu corremos para o hospital, depois passamos horas a procura de clínicas ou hospitais que fizessem os exames de emergência, além disso tinha as dores abdominais... eu estava exausta. Chorei talvez mais pelo estresse gerado do que pela perda em si (como eu disse, pela gravidez ser tão recente). Depois me senti meio envergonhada por ter de contar às pessoas que eu não estava mais grávida. Eu sei que as pessoas entendem isso, mas era como se eu tivesse contado a todos uma mentira. Ta, é uma bobagem, mas foi assim que eu me senti.

Depois a frustração pesou mais. Eu não sabia nem como registrar isso aqui no blog. Somente hoje consegui encontrar as palavras para isso.
Agora me sinto bem, tanto física como emocionalmente. Consegui voltar a minha vida normal e posso continuar tentando... Voltei minhas atenções ao casamento outra vez, retornei ao trabalho , que por sinal está exaustivo, e vou seguindo, como sempre faço.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Preparativos

Passados muitos dias sem postagens é bom fazer um balanço.
Julho foi um mês muito estressante. Enquanto meu colega revisor curtia férias eu ficava atabalhoada de trabalho!! Ufa! Chefia nova, muita coisa, muita coisa, muita coisa pra fazer. Muita pressão pelos acertos. Muita responsabilidade. Somadas às responsabilidades do trabalho com as de casa, somadas às férias dos enteados, somadas ao cansaço de meio de ano... Nossa. Estava a ponto de pirar e talvez pirar quem estava perto de mim. Desabei. Uma vez no trabalho, uma vez em casa. No trabalho me senti constrangida, em casa aliviada. Chorei, fiquei com olheiras... o mês passou, as férias acabaram e as coisas parecem estar voltando ao normal.



Quer dizer... normal na minha vida é sempre estar planejando algo. Já que o bebê não vem, e pra deixar a ansiedade sobre o assunto de lado, e já que as pessoas insistem em repetir a máxima de que o problema é a tal da ansiedade, eu resolvi me entreter com alguma coisa. Pedi meu namorido em casamento. É mesmo. Fui eu quem tomou a decisão (que a gente já havia tomado há tempos, mas estava esperando o momento adequado). Ele topou na hora. Escolhi a data e começamos os preparativos.

A distância as coisas ficam um pouco complicadas, mas sorte que a família é bem relacionada e cada um conhece alguém que pode resolver ou organizar algum dos detalhes do casamento. De longe, uma vez que o casamento será no Sul, em dezembro, vamos planejando e meus familiares vão executando. Os convidados não serão muitos, nem vai dar pra convidar todos os parentes; também não queremos nem podemos fazer algo muito dispendioso, mas mesmo assim há muito trabalho: preparar os convites, entregá-los, contratar a decoração, o fotógrafo, o som, o buffet...O que parecia uma tarefa árdua até que está indo muito bem.Família grande tem suas vantagens. Cada um com sua especialidade e sua profissão vai ajudar a preparar a cerimônia e a festa.Um dos tios vai celebrar a missa, outros vão preparar a missa. Os pais encontraram uma capela do jeito que eu queria. O noivo vai ele mesmo preparar os convites. Uma tia alugou o local para a festa, uma prima vai preparar o jantar. O irmão já arrumou quem vai tocar e um primo é DJ. Uma amiga da família faz bolos, a cunhada conhece quem faz doces maravilhosos... e por aí vai. Uma das irmãs trabalha num clube e vai emprestar foros de cadeiras e toalhas. A mãe não sabe, mas vai fazer os guardanapos de tecido e eu mesma quero fazer os porta guardanapos para presentear os convidados.

Vamos tentar fazer bem bonito dentro de nossas possibilidades. Cá entre nós, é uma ótima distração, não?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

da falta

Faz tão poucos dias que meus pais estiveram aqui, ams parece que faz meses. Sexta era aniversário de minha mãe e sábado de meu irmão mais novo, que acabou de fazer 30 anos!!
Eu tinha seis quando ele nasceu. Ajudei a trocar fraldas, cantava para ele dormir, balançando-o sobre a cama de molas. Hoje é um homem feito que acabou de marcar a data do casamento. Comemoraram seus aniversários e de outros conhecidos e familiares numa festa junina!! A festa que eu idealizei na chácara de meu tio alguns anos atrás e que anualmente vem se repetindo. Algumas com maior organização e sucesso que outras, mas que nunca mais deixou de ser realizada. Senti saudades. Senti falta de estar presente. Sinto falta da companhia da família... barulhenta, espalhafatosa,dramática...companheira. Senti falta dos abraços, das risadas.

Contudo, fico realmente feliz de saber que estão todos bem. Principalmente de saúde, pois me sentiria péssima de estar longe e saber que algum deles estivesse doente e não poder estar perto. Fiquei imaginando como teria sido se quando meu irmão mais velho esteve doente eu estivesse longe. Não suportaria isso. Acho que seria capaz de me demitir para poder ficar perto. Deus é bom. É importante a gente avaliar as situações ruins com um certo otimismo. isso nos faz perceber que as coisas poderiam ser bem piores... e aí a gente se conforma, e fica bem.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pós-visitas



Foram 7 dias muito legais!! Faz só 3 dias que meus pais e minha sobrinha foram embora e parece que faz meses. A estada passou tão depressa. Valeu a pena todo o esforço pra deixar as coisas em ordem. Tínhamos até um planejamento dos passeios e o cardápio pronto. saiu quase tudo como planejado, não houve contratempos (a não ser o meu, de ter de ir pro hospital e tomar injeções por causa de uma forte dor muscular na região da homoplata e braço esquerdos). Visitamos o parque da cidade, o congresso nacional, a catedral de Brasília. Fomos também à torre de TV, Ponte JK, o Palácio da Alvorada, o morro da Igreja e até demos uma passadinha no Vale do Amanhecer (onde eles ficaram bastante impressionados). Fomos também jantar fora uma noite pra comer carne de sol com mandioca, um prato típico.
Fora os momentos em casa tomando chimarrão, batendo papo. A festinha junina dos moradores da nossa rua, os almoços e jantares sempre muito agradáveis.
No dia seguinte á partida deles até meu marido falou que já estava com saudades.
Como minha mãe já havia estado aqui ano passado e minha sobrinha ainda é criança, o mais impressionado com tudo era meu pai. Eu tinha dúvida se ele realmente viria, uma vez que em muitas situações chegou a insinuar o contrário, mas ele veio e penso que não se arrependeu. Apesar de um pouco preguiçoso para caminhar, topou todos os passeios e se divertiu.

Minha sobrinha fotografou e filmou tudo o que via. No zoológico tirou fotos de todas as cobras...mas a foto mais engraçada foi da bunda do elefante!!kkkk Fizemos uma festinha de aniversário antecipada para comemorar os 11 anos dela. Estava feliz, escreveu muitos recadinhos para mim, mas nos dois últimos dias já estava sentindo saudades dos pais e do irmão.
Essas visitas são revigorantes para nós que estamos tão longe dos familiares. Nos fazem muito bem.

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Show da Paula Fernandes. Hoje!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ai, Ai!!


Ai, ai!! Cansei!
As últimas três semanas foram exaustivas. No trabalho, além do estresse que tivemos, houve muito trabalho. Em casa não foi diferente. Se quisemos deixar a casa em ordem para receber meus pais e sobrinha tivemos que arregaçar as mangas, literalmente. Primeiro porque não tem gente para trabalhar. Tenho percebido aqui uma grande dificuldade de conseguir pessoas para trabalhos de carpintaria, marcenaria, serviços gerais. Quando se consegue alguém, o valor é muito alto, porque estão acostumados a trabalhar em grandes obras e não se sujeitam por pouca coisa. Às vezes até recusam trabalho se não na visão deles não compensar.Outras vezes, consegue-se alguém (nem sempre mão-de-obra especializada), acerta-se uma valor, a pessoa vem, trabalha um dia, recebe um adiantamento e ... some. Pode ser até que apareça pra terminar o serviço,mas uma semana ou duas depois.Diante disso não tem jeito: colocar a mão na massa. Foram vários os fins de semana pintando janelas, cerca, piso;instalando coisas; arrumando tomadas; criando maneiras de deixar a casa mais bonita;arrumando o jardim... ai, ai.
Chega a segunda-feira e a gente ainda está cansado.O corpo dói! Bem,mas a gente faz isso porque sente satisfação também.É bom ver "antes e o depois". E a gente até tira fotos. Apesar do cansaço, vale a pena,a gente ecomomiza e de troco ainda ganha uma massagem.

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Esqueci de contar: no dia dos namorados (sim, estávamos cansados!) fomos assistir ao show do Papas na Língua, bem de pertinho...tudo tranquilo, sem empurra-empurra. Muito legal. Pra provocar o marido eu retribuia o vocalista que jogava beijos para a plateia. Foi engraçado. E pra ME provocar, meu marido prometeu jogar muitos beijos para a Paula Fernandes quando a gente for ao show dela. kkkkk

segunda-feira, 6 de junho de 2011

curtindo (ou tentando) uns showzinhos

Nos últimos meses até que tivemos a oportunidade de assistir a vários shows. No aniversário de Brasília vimos Cesar Menotti e Fabiano (tinha outros shows, mas a gente só viu essa parte), depois ouvimos Zé Ramalho (já que não dava pra ver nada devido ao posicionamento do palco - na lateral de uma rua - e ao grande número de pessoas); sem seguida Paralamas do Sucesso (todos gratuitos!!).
Há algumas semanas fomos parar num show com repertório só de músicas francesas,na caixa cultural, mas nada de baladas romãnticas... era rock! Músicas que eu nunca tinha ouvido.
Na última sexta fomos ao show da banda Nenhum de Nós, esse era pago, mas bem baratinho. Já o show de ontem foi um caso a parte. Havia um festival, também gratuito, acontecendo no final de semana, com a apresentação de vários cantores e bandas, como Alceu Valença, Titãs, Skank, CPM22, NXZero... Bem, resolvemos dar uma passada lá pra ver o show do Skank que estava marcado pras 20h. Antes teria show com CPM22. Como prevíamos, a programação estava atrasada. Ficamos vendo o show, a gente até conhecia algumas músicas, mas achei o vocalista do CPM muito magro. Não que eu me lembre bem dele, mas parecia estranho. Até que o vocalista mencionou o nome da banda: NXZero!!! caímos na gargalhada. Estamos tão por fora das bandas de rock que confundimos as bandas. Os fãs vão nos crucificar!! Sinto muito...não foi por mal.Por fim a gente se sentiu incompatível com o show e com o público, e ainda tinha a CPM até chegar a vez do Skank... fomos embora. Mas foi engraçado.
Ah! Mês passado fomos a uma cesão de autógrafos da Paula Fernandes.
Eu gosto de shows, mas acho que estou perdendo o entusiamo com esse tipo de evento... Se demorar demais pra começar, canso. Se tiver gente passando por mim o tempo todo (tem gente que não vai asssistir ao show, vai para desfilar), me irrito. Estou ficando velha. Gosto de ficar na minha, pra curtir, poder cantar e dançar, por isso detesto aperto, gente que fica conversando o tempo todo ali do ladinho... coisa chata.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Da prepotência



No momento em que respiramos bons ares em casa, uma névoa densa paira no trabalho.
Difícil entender por que as pessoas que agem errado costumam tentar inverter o jogo e, ao invés de assumir seus erros, tentam encontrar aquele que os apontou. Ao invés de ser humildes, agem com prepotência, levantando o dedo para dizer que não devem satisfação a ninguém. Como não? Quando se trabalha num grupo, se alguém, se atrasa, se demora com sua parte no trabalho a dos outros fica comprometida. Portanto, isso é da conta dos outros, sim!!!!
No serviço público isso é muito comum.E tem mais. Há uns e outros por aí (esses mesmos aí de cima) que se acham melhor do que os outros porque são os “efetivos”. Por conta disso dizem não ter medo de ninguém; afirmam que se tiver de responder para a chefia vão fazer; que os colegas não podem cobrar nada deles; que não admitem que ninguém lhes chame a atenção, eticetera e tal. Esse é o típico prepotente. O que se acha melhor do que os outros e por isso está a cima de qualquer punição.
Sobre isso estava pesquisando na internet e encontrei a seguinte frase:

“A humildade nos faz reconhecer erros, mas a soberba apenas nos ajuda a permanecer neles”.
Aldo A. Muniz

Encontrei num blog português:

"Só aos génios se deve conceder o direito à arrogância, nunca aos estúpidos. Eu, pelo menos, oferecer-me-ia sem problemas para servir cafés ao Oscar Wilde e ouvi-lo responder: «Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão que estou errado».
http://wwwmeditacaonapastelaria.blogspot.com/2009/06/proposito-da-famigerada-arrogancia-de.html [Oscar Wild é o da charge aí de cima]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ex-mulheres

A parte ruim de um segundo casamento é a “ex”. Não sei o que é pior: quando fica a sombra da ex que era perfeita, um fantasma a assombrar e causar ciúmes, ou quando a ex é aquela presença constante cobrando dinheiro, reclamando do jeito que o pai e a madrasta cuidam dos filhos, jogando na cara coisas do passado, etc. No meu caso, estou tendo que “engolir” a ex do segundo tipo.

Eu também sou ex, mas nunca mais voltei a falar com meu ex-marido, nunca o importunei, nem sei mais nada sobre sua vida. Sei que quando se têm filhos isso é impossível, mas existem mulheres (e homens também) que simplesmente decidem perturbar. Não cuidam dos filhos, mas criticam os que impõem limites e tentam educar. Enchem a boca pra dizer que não vão permitir injustiças com os filhos (leia-se aqui aquelas cobranças tipo organização, ordem, disciplina, respeito, com as devidas punições quando não agir assim), mas nem sequer vêm visitá-los. E por aí vai.

É fácil ser pai e mãe a distância quando a responsabilidade recai toda sobre os outros. Ser a pessoa boazinha, que escuta as reclamações do filho e jura que com ela seria tudo diferente; mandar dinheiro de vez em quando só para agradar, mesmo que o dinheiro não seja usado para nada útil. Aliás, não se preocupar em ensinar, inclusive, a usar o dinheiro adequadamente.

Eu, que simplesmente ignoro a existência de meu ex-marido, que tenho a sorte de não ter qualquer ligação com ele e viver minha separação em paz, ganhei de “presente” uma ex-mulher.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu ainda "fico" zen!!

Eu não sou uma pessoa nervosa, eu fico nervosa de vez enquando; eu não sou brava, eu sou exigente, mas coerente, determindada... Sou uma pessoa de fácil convivência. Me dou bem com meus colegas de trabalho. Me estresso, mas raramente eu!"explodo'. Não sou grosseira com as pessoas. Nunca discuto com meu marido... assim... do tipo de levantar a voz, gritar, essas coisas. Não me lembro de ter feito isso nos últimos anos, mas estou longe de ser uma pessoa relaxada.

Eu queria ser uma pessoa tranquila, viver na boa, relex, mas já falei aqui o quanto isso é difícil para mim. Eu tento, eu juro. Eu estava passando por mais uma fase chatinha, daquelas em que fico irritada facilmente, chorona, carente e não, não era TPM. Sorte minha ter bem no meio dessa fase duas viagens programadas, a do Rio, a turismo, e a Santa Catarina, em visita à minha família. A saudade estava piorando ainda mais a situação. E agora me sinto bem, pelo menos enquanto durarem os efeitos...
Hoje fui ao acumpunturista, por indicação da fisioterapeuta - que também pratica o reik em mim - mas não para tratar do ombro, e sim da boca!! Há anos tenho estalos e pequenos deslocamentos na região mandibular. Nunca deslocou de verdade, mas já levei uns sustinhos. Já passei por vários dentistas, já usei placa ortodôntica para não apertar os dentes enquanto durmo. E isso acontece por quê? Por sou ansiosa... porque estou estressada....Não foi difícil ao acumpunturista descobrir minha verdade emocional... afinal, se eu aperto os dentes à noite, a ponto de ter um desgaste muscular, isso significa alguma coisa... Ele me mandou relaxar. Eu me sinto bem, mas meu inconsciente faz coisas com as quais eu não concordo!!

O que importa é que sempre que me senti incomodadada com meu próprio comportamento, angustiada ou deprimida eu busco ajuda. Pode ser do terapeuta, pode ser na igreja, pode ser de uma amiga... Já tive muito bons resultados com florais de Bach, estou usando novamente.
O fato é que, seja por causa de minhas dores musculares, seja pelas existenciais, estou passando por um "tratamento de choque": reik, acumpuntura, fisioterapia e florais... eu só tenho que relaxar!! Assim eu ainda fico zen!! hummmmmmmmmmmmmmmm

terça-feira, 3 de maio de 2011

Abril das viagens

O mês de abril se foi e com ele o meu mês mais turístico de todos os tempos... Foram três viagens. No início do mês a Sorriso/MT e no final do mês ao Rio de Janeiro e a Chapecó.
Sobre a primeira eu já contei, sobre a segunda conto agora:

Fazia tempo que eu vinha alimentando em mim o desejo de conhecer o Rio. Estando em Brasília eu me sentia mais próxima. Tenho agora muito mais facilidades de viajar. Surgiu, pois, a oportunidade: bom preço das passagens, feriado, a sogra para ficar com os enteados... Lá fomos meu marido e eu.
Como era minha primeira vez na cidade eu queria mesmo era passear por todos os pontos turísticos possíves em dois dias, enquanto ele suspirava por um banho de mar!!
Pois bem, sem eu saber, nosso passeio foi direcionado, de cara, para a praia do Leblon, enquanto eu acreditava estar indo ao pão de açúcar. Linda praia, areia limpinha, água transparente (como deveria ser sempre). Banho de mar!!!! Depois Copacabana. (praia do Leblon)

(em Copacabana, eu e Carlos Drummond de Andrade)

Visitamos o Forte do Exército, almoçamos e seguimos para o pão de açúcar. Tudo de ônibus. Aproveitamos que era feriado e havia poucas pessoas usando transporte público, e também porque o André já conhecia a cidade por ter morado lá quando garoto. Nesse aspecto, apesar dos sacolejos e dos longos trajetos, foi tudo bem.
Aguardamos pelo bondinho por quase duas horas e a bateria da máquina fotográfica acabou bem na hora do passeio! A vista lá de cima ficou registrada somente na memória (meu celular não é bom para isso). Antes de voltarmos para o hotel ainda assistimoa à encenação da Paixão de Cristo nos arcos da Lapa, onde estávamos hospedados. Chegamos ao hotel exaustos, mas felizes.
Sorte nossa é que o hotel ficava localizado em uma rua cheia de bares e restaurantes, bastante animada, com muita gente circulando. Não precisamos sair dali para conhecer um pouco da noite carioca.
No sábado acordamos cedo para visitar o Corcovado. Pensamos que seria mais tranquilo. Ledo engano. Primeiro, fila para pegar a van (já que para o trem estava fora de cogitação, visto o tamanho da fila), depois, fila para comprar ingresso, fila para a outra van... e na volta... fila para a van... paciência para enfrentar o congestionamento na subida/descida do morro.
Bem, nem precisa dizer que vale a pena. A vista é linda, a sensação é maravilhosa. Os rostos e sotaques, as línguas, as cores mais diversas...Antes do almoço visitamos o Jardim Botânico. Fizemos um lanchinho por lá mesmo, depois de quase uma hora espeando. Fizemos uma visita rápida, pois o tempo estava passando e iríamos viajar à noite. Outro maravilhoso lugar. É tanta coisa, é tão grande e bonito que uma visita só não dá conta.

Terminamos nosso roteiro em cacos. Turista sofre!!! Quanta fila!! Quanta espera!!! Mas foi ótimo, para uma primeira vez.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Últimas

Sexta-feira fomos ao aniversário de um amigo de meu marido. Estava tudo ótimo até que eu precisei ir ao banheiro. Como o lavabo estava ocupado, a filha do aniversariante me levou até o quarto de hóspedes, onde eu poderia usar o banheiro. Quando tranquei a porta ouvi um barulhinho estranho, mas nem suspeitei do que estava por acontecer... quando tentei abrir a porta para sair, eis a suspresa: a chave não virava. Eu estava presa no banheiro. Tentei usar os recursos disponíveis como forçar um pouco a chave, ver se havia algo que eu pudesse usar para destrancar a porta, mas nada!! Minha única alternativa foi esperar que alguém aparecesse pra chamar ajuda. Sorte que a janela do banheiro dava para um vão onde havia um jardinzinho e uma porta que dava para o corredor da casa. Fiquei olhando pela janela até que vi alguém passar. Chamei, mas a moça não ouviu. Comecei a movimentar a maçaneta e chamar, até que ela ouviu e foi buscar ajuda. Em instantes havia um monte de pessoas dentro do quarto tentando abrir a porta. O fato é que a porta tinha aquelas fechaduras com chave imbutida, sei lá como se chama. Ela havia quebrado. Mesmo com chaves de fenda e tantas outras coisas não havia como virar a trava. Do lado de dentro eu ria. Ria de mim mesma, envergonhada por estar mobilizando tanta gente e ter praticamente parado com a festa. Depois de várias tentativas percebemos que o único jeito de me tirar dali seria tirando a porta. Com uma chave de fenda e um martelo eu tirei os pinos das dobradiças da porta (a primeira foi fácil, a segunda mais ou menos, e a terceira deu muito trabalho!!). Suei, ma deu certo. Fiquei cerca de 40 min lá dentro. Levei tudo numa boa... riram, fizeram graça... no fim foi a diversão da noite. Como não paguei a festa, paguei o mico!! kkkkk
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Esqueci de registar aqui que eu e meu marido fomos ao velório do ex-vice-presidente José Alencar. Além daquela visita pública, tivemos acesso ao local dos convidados e familiares e pudemos ficar para o culto. Me senti honrada em poder estar tão perto do corpo de José Alencar. Ficamos até a chegada da presidenta Dilma e do Lula. Ali, bem pertinho. Claro, não era ocasião para tietagem, mas me senti privilegiada por ter tido essa oportunidade. Ah!!! No dia seguinte minha mãe ligou cedo pra dizer que tinha nos visto na televisão.
Foi na hora que subíamos a rampa para a visita pública. Pensem na coincidência: mais de 8 mil pessoas passaram por aquele local e justamente nós dois aparecemos... e só a minha mãe viu. Depois pudemos conferir no site do bom dia Brasil.
Claro que o vídeo foi "veiculado" pra família toda. Não foi essa nossa intenção, mas se fez a alegria de minha mãe, mesmo num momento triste, é o que importa.

Tiramos fotografias, mas não vou postá-las aqui porque muita gente acha de mau gosto fotografias de velórios...Coisa puramente cultural porque a gente vê TV, acessa a internet e compra jornais e revistas para ver fotos exclusivas das tragédias... no mínimo irônico.Mas isso já é outro assunto.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Antes tarde do que nunca...

Faz cerca de 30 anos que 3 trios, irmãos de meu pai, e suas famílias foram morar em Sorriso/MT. Durante todos esses anos imaginei um dia conhecer o lugar, visitar os parentes. por muitas vezes meus tios convidaram. Tive até a oferta de pagarem minha passagem, mas não tinha tido oportunidade. Finalmente, no último final de semana pude fazer essa viagem. Aproveitei uma promoção da empresa aérea e comprei passagens para Cuiabá. Sinop seria mais perto, mas essa empresa não cubria o percurso e com as outras a passagem estava muito cara.

Fui de avião até Cuiabá e de lá segui de ônibus a Sorriso, o percurso inverso na volta.
Não pude ver nada de Cuiabá porque cheguei à noite, aliás cheguei às 32h50 (no meu relógio) e sabia que havia um ônibus partindo às 23h30, depois outros só lá pelas 3h da manhã.
Decepcionada por ter perdido o primeiro, fui me informar com um taxista sobre a distância até a rodoiária, o tempo necessário para o percurso... no relógio dop taxista eram 23h... e eu achei que o relógio dele estivesse errado. Foi então que fiquei sabendo (nem tinha me passado pela cabeça) que o fuso é diferente!! Já estava voltando para o aeroporto para espara as horas passar quando me dei conta de que, se lá era uma hora mais cedo, o ônibus ainda não havia partido!! Dei sorte. Fui rapidinho para a rodoviária e poucos minutos depois já estava a caminho de Sorriso.

Foi um fim de semana ótimo. Revi primos que há anos não via, conheci os filhos de meus primos. Revi meus tios e tias. Foi muito agradável. Tive de me virar para conseguir ficar um pouquinho em cada casa. Pena ter sido pouco tempo. Mas como eu disse... antes tarde do que nunca.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

4 anos



Como não escrevi ontem, reservo esse post para lembrar os 4 anos de falecimento de meu irmão. Dessa vez, ao invés de homenagem, prefiro contar um pouco das coisas que aconteceram. Talvez um dia eu relate tudo o que se passou, pelo menos tudo sob a minha perspectiva dos fatos.

Era mais ou menos 10h da manhã de sexta-feira quando a ambulância o levou ao hospital. Depois de um momento terrível em que pensamos que ele já estava morto e eu desesperada tentando passar as informações à atendente do SAMU, ele mesmo desperta e me ajuda a dar o endereço. No meio da tragédia, foi até engraçado. Houve muitas cenas cômicas no período de dor. Como o dia em que eu lhe dava comida na boca, no quarto do hospital. Estávamos eu e uma tia. Achei que fosse um molho de tomate, mas era uma espécie de creme de abóbora (ele não era muito de legumes...). na hora em que colocou a comida na boca fez uma cara tão feia!!! Então ele disse que era abóbora e demos tanta risada!! Não parece engraçado aqui, mas foi uma cena muito cômica. E teve o dia em estávamos no quarto (em casa) minha mãe e eu ajudando-o a comer, sei lá, não lembro bem, e meu pai por perto. Aí ele (meu pai) começou a falar que minha mãe tinha que fazer suco de beterraba, suco daquilo, que ele tinha de comer isso e aquilo. Quase a ponto de discutir com minha mãe.Eu e meu irmão começamos a rir das dicas de meu pai. Meu irmão me deu uma piscadinha e eu não aguentei. Caí na risada, mas não queria que meu pai percebesse que estávamos rindo dele, então tive de inventar qualquer coisa pra disfarçar. Foi hilário. Quando meu pai saiu meu irmão disse uma frase que marcou muito: "Não é um suco de beterraba que vai salvar a minha vida". Infelizmente não.

Bem, naquele dia em que a ambulância o levou (isso depois de ter estado internado, de ter ficado na UTI, de ter passado uns dias em casa) eu olhei aquela imagem e pensei que ele não voltaria mais para casa. Só o vi no sábado pela manhã, no horário de vistas da UTI, com a respiração fraca, os pés inchados, mas lúcido. Ele me fez uma recomendação sobre as visitas do dia. Disse que certas pessoa deveriam deixar de visitá-lo para que minha avó e meu cunhado pudessem ir.(Só entravam duas pessoas por horário) Parecia querer dizer que sabia que muitas pessoas desejavam visitá-lo, mas que havia algumas a quem ele queria a oportunidade de ver algumas pela última vez. Estava cansado. Ás 17h daquele mesmo dia, com minha avó ao seu lado, ele faleceu. Não poderia ser outra pessoa a estar ao lado dele. Somente ela, com a sabedoria e serenidade de seus quase 80 anos, na época, poderiam estar lá naquele momento. Fosse qualquer outro não saberia o que fazer. Ela rezou, pediu a Deus que levasse sua alma em paz.

Passarão anos mas acho que nunca esquecerei daqueles dias em que enquanto cuidávamos de sua saúde tão debilitada íamos ao mesmo tempo nos despedindo dele. Dias difíceis. Como foram difíceis os dias depois. A dor da ausência, as perguntas sem respostas, os trâmites legais, os documentos infindáveis...

Eu ainda me pergunto por que teve de ser assim. E se ele ainda estivesse vivo, como seria nossa vida? Nunca saberei. Só sei que a vida sem ele tem um vazio. Haverá sempre um espaço que deveria estar preenchido com sua presença.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Obama em Brasília

A chuva forte que caiu esta tarde me fez lembrar da música...
Sei que já passaram alguns dias da visita de Obama a Brasília, mas só hoje tive uma motivação para escrever.Ao ler O Correio de ontem encontrei, na coluna Desabafo, uma frase escrita por um leitor:
"Quando Obama chegou ao Corcovado, a segurança gritou para o Cristo: 'Deita no chão! Mãos para trás!'".
Eu estava aqui em Brasília quando Obama fez a visita. Eu pensei em vir até a Esplanada para acompanhar de perto. Não pelo Obama, muito menos pelos EUA, mas porque queria ver de perto a movimentação. Coisa de curiosidade mesmo. Enquanto estou morando aqui quero ver tudo o que posso "desse mundo".Mas desisti. A presença do presidente americano se concentrou no Palácio do Planalto e todos os acessos a ele estavam bloqueados. A esplanada estava fechada. O público, com exceção de algumas poucas pessoas, foi mantido bem longe, de onde não se via praticamente nada.Assistindo pela TV alguém viu o povo nas proximidades? Sabendo disso eu nem quis perder o meu tempo.
O fato é que, embora digam que o tratamento é igual a qualquer chefe de Estado, não é isso que se nota. Já assistiram à transmissão ao vivo da visita de outro presidente? Tratamento assim, só ao Papa.O discuros à população do Rio foi cancelado por medo de retalhações, especialmente pelo início dos ataques à Líbia. Imagino que não tenha sido nada fácil a "convivência" entre os seguranças do presidente e a segurança brasileira. Nós brasileiros estávamos acostumados com um presidente que abraçava as pessoas, se aproximava do povo, e os americanos tratam seus líderes como deuses inacessíveis. Nada poderia estar a um diâmetro de 50 metros de Obama..Até o Lula disse que "exageraram".Não há de se admirar se o Cristo fosse mesmo abordado para revista.
Talvez nós, brasileiros sejamos um tanto relapsos no que se refere à segurança de nossos presidentes; talvez não demos tanto valor a nossos líderes; talvez precisemos aprender um pouco sobre isso com os americanos, mas uma coisa é certa: somos muito mais humildes.

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No blog Cadernos de Saramago li hoje um belíssimo texto:
" Todo o mundo me diz que tenho que fazer exercício. Que é bom para a minha saúde. Mas nunca ouvi ninguém dizer a um desportista: tens que ler".

quarta-feira, 9 de março de 2011

balanço do feriadão

(Ato falho. Escrevi balaço do feriadão. E eu nem cheguei perto de fazer um porre nesse fim de semana)

Feriadão acabou e cá estamos, em ritmo lento, claro... Mesmo sem a ressaca do carnaval (no meu caso fui apenas a um bailinho) dá aquela preguiça de voltar ao trabalho!
Quatro dias foram gastos com arrumações na casa(detalhes, tipo, fixar quadros na parede etc.), supermercado, e alguns estresses, claro, poderiam faltar, mas não faltam, principalemente quando os habitantes da casa passam muito tempo todos juntos.
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O dia da mulher passou quase despercebido por causa do feriado. Eu mesma só lembrei porque vi na TV. O marido até pensou em fazer um agrado, mas o dia não estava para agrados, nem para ajudar os esquecidos ontem... mercados, shoppings, lojas, floriculturas... tudo fechado. Para compensar, hoje ganhei um café da manhã na cama.

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Estou feliz porque meu pai e minha mãe virão me visitar em junho. As passagens já estão compradas.

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Fui ao ortopedista semana passada. Tenho dores na região do ombro, que se estende pelas costas e braço, especialmente depois de algum esforço. Impossível dormir deitada de lado sob o braço direito. Trata-se de algo que eu vou traduzir como inflamação na escápula, pois a palavra é "irredigível".
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Semana passada também comecei um curso de decoração. Desde o ano passado eu vinha pensando nisso. Fiquei esperando que começasse uma turma em agosto, mas não recebi nenhuma informação. No final de fevereiro recebi uma ligação avisando que iria começar uma nova turma. Fiquei muito feliz. O curso vai atender há alguns propósitos meus: me ocupar no contraturno do trabalho, aprender uma nova atividade, ter uma opção de trabalho no futuro, fazer amigas, conhecer lojas, empresas e produtos de decoração...
Uma pausa para o carnaval e retomaremos as aulas na próxima semana.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A semana

*Hoje o dia começou com chuva. Foi o primeiro dia do ano que saí para trabalhar com chuva. Nos outros dias choveu à tarde, à noite, mas logo o sol aparecia ou já amanhecia um dia quente e seco. Hoje deu vontade de ficar na cama abraçadinha. Ainda mais que a primeira semana de mudança de horário é sempre bem difícil. Às 10h da noite já estou com sono, mas como a gente acaba não dormindo cedo, fica o sono no dia seguinte.

**A semana começou com um susto, que eu preferi não comentar logo. O marido de minha empregada foi baleado. De início pensamos que fosse por conta de dívida de aluguel, já que a família foi despejada recentemente. Na segunda ela não veio trabalhar para ficar com o marido no hospital. Na terça ela apreceu, mas avisou que não poderia mais vir trabalhar porque iam ter de mudar de casa, pois haviam tentado matar o marido dela porque ele "sabia coisas de gente grande". O susto foi saber que gente "grande " era essa... pesquisando na internet descobrimos que o marido é acusado de "alguns crimes" a mando de pessoas ricas e que agora ele estava disposto a colaborar com a justiça e havia entregado um dos mandantes... ao que tudo indica, o cara não perdoou a traição. Pois é... de repente eu vejo o marido da empregada (que também fez uns serviços de carpintaria lá em casa) na televisão, em cenas antigas mostrando seu envolvimento com um crime. Foi um susto. Ainda bem que nosso envolvimento foi só esse e durou bem pouco tempo, mas bastou pra família toda ficar preocupada.
Essas coisas "cabeludas" que aparecem na TV parecem estar sempre tão distantes de nós...


*** Aí me vi novamente sem empregada... começar tudo de novo. Contatos daqui e dalí, no dia seguinte conseguimos outra pessoa para começar na segunda-feira, se não houver imprevistos.

**** E teve também o fim do Processo trabalhista. Um alívio.
Resultado+ saldo positivo para semana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Finalmente!!


Finalmente terminou meu processo trabalhista. Fizemos um acordo que ficou bem abaixo do valor da causa, mas eu queria terminar com isso de qualquer jeito. Já tive bastante stress, já me desentendi até com amigas, já tem gente suficiente me odiando... Ontem foi o dia da audiência. Duas das minhas testemunhas (eram 3), mesmo intimadas e sob pena de pagarem multa, não compareceram. O juiz mandou buscá-las. Nem sei se elas chegaram antes de finalizar o acordo, só sei que não precisou ouvi-las. Acabamos aceitando o proposta porque, para mim, isso já significou que admitiram ter me sacaneado e porque o dano moral sobre a acusação que me fizeram era muito difícil de provar. Ah! Essas informações foram trocadas por telefone no transcorrer da audiência porque, como a parte contrária não quis meu depoimento e também porque eu moro muito longe, fui dispensada de estar presente.

Não digo que estou completamente satisfeita, porque mereciam ter de pagar bem mais, mas estou aliviada. Pedi muito ao meu anjo da guarda para que o processo terminasse ontem, e nisso fui atendida. Já basta.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Relaxar!!!


Eu queria ser uma pessoa mais relex.

Eu queria não me importar tanto com as coisas ao redor.

Eu queria ser mais zen.

Mas nasci numa família cheia de pessoas ansiosas... inquietas. Minha mãe, tentando fazer de nós (seus filhos) pessoas trabalhadoras, organizadas, caprichosas, não deixava a gente parar um minuto. Lembro de muitas vezes me irritar porque ela não podia ver a gente sentado que já arrumava alguma coisa pra gente fazer. Ela detestava (e detesta, assim como eu) pessoas preguiçosas.

Meus pais, mas sobretudo minha mãe, tinha uma preocupação muito grande de que nós fossemos exemplos. Cobrava de nós atitudes corretas o tempo todo. Na infância todos estudávamos na mesma escola em que ela dava aulas. Minha irmã e meu irmão mais velhos foram seus alunos. Tínhamos que ser bons alunos, pois ela ficaria muito decepcionada e envergonhada se ouvisse comentários negativos sobre nossa conduta ou nossas notas!!

Na adolescência, qualquer comentário de alguém da família sobre nosso comportamento (que nunca foi problemático) deixava minha mãe possessa. Não com quem comentasse, mas conosco. Antes mesmo de saber se era verdade, ela aplicava medidas “corretivas”, ou protetivas.

Na adolescência eu era uma pessoa muito extrovertida, fazia amizades facilmente, matinha amigos na cidade vizinha, onde eu ia eventualmente passar o fim de semana na casa de amigas. Por conta disso havia parentes que enchiam a cabeça de minha mãe e insinuavam que eu poderia engravidar a qualquer momento. Minha mãe dava cada sermão! E vejam só... perdi a virgindade quase no final do curso universitário e ainda não tenho filho algum. O que eu quero mostrar com esse episódio é que meus pais sempre se preocuparam muito com “ o que os outros diziam” a nosso respeito e cobravam muito de nós. O resultado disso é que nos tornamos pessoas de ótima índole, de caráter indubitável, trabalhadoras, atuantes na sociedade, líderes... Nenhum drogado, nenhum alcoólatra, nem mesmo fumante, mas pessoas ansiosas demais e, pior de tudo, pessoas que não admitem a si mesmas errar e cobram o mesmo dos outros.

Peço muito a Deus que ajude a ser uma pessoa mais tolerante com os outros. Faz tempo que tenho pedido isso. Peço não só pelos outros, mas por mim mesma, para que eu não me desgaste, não me “estresse”, pois isso me aflige. Eu tento também. É um exercício diário, como livrar-se de um vício. Mas eu preciso que tenham paciência comigo também. Eu não sou perfeita, embora tenha sido “treinada” para isso.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Porque ele é demais...

Estarei sempre ao seu lado meu amor..., na alegria e na tristeza...
Nos momentos mais difíceis..., sempre meu amor..., sempre....
Sempre estarei ao seu lado...
As vezes serei um rochedo... tentando impedir que as intempéries da vida lhe atijam...
as vezes serei uma arvóre dando-lhe descanso e bons frutos...
As vezes serei um leão quando você se sentir ameaçada...
As vezes serei uma lagoa aonde você possa apreciar e repousar...
As vezes serei a terra dando-lhe sustenção e mostrando o caminho certo...
As vezes serei o vento para sentir teu rosto e tua alma...
Sempre minha Florzinha...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Das incertezas


A gente nunca sabe se algo vai dar certo sem tentar... disso eu tenho certeza. Mas também não pode dizer que não vai dar certo. E é exatamente nesse ponto que eu apoiei toda a minha vida. Nunca deixei de fazer nada por medo de dar errado, mas também nunca deixei de projetar as possibilidades, talvez um modo de me "preparar" para as agruras da vida e ter um plano B. Isso ajuda, mas não resolve. Até porque a vida não está sob nosso controle como às vezes, ingenuamente, a gente pensa.
Todas as coisas mais importantes da minha vida foram conquistadas com dificuldade, nunca ganhei nada de mão beijada. Isso tem seu lado bom, mas eu queria também poder gozar de uma facilidade...
No caso dos relacionamentos, por exemplo... Tive muitos amores não correspondidos, amei alguém de quem tive que abdicar pelo amor a mim mesma. Voltei a amar e, melhor de tudo, me sentir amada também. Mas aí já não somos só nós dois … Por mais bem intencionada que eu seja, não é fácil ser aquela que de repente “entra” numa relação já estabelecida, com vínculos tão fortes. E ainda por cima chega com suas manias.

Agora eu sou a madrasta. Sempre tive medo disso. Projetei todas as possibilidades em minha cabeça. Tentei prever todos os impecílios, todas as complicações, mesmo assim me convenci de que poderia dar certo. Ainda acredito nisso, embora às vezes fraqueje, embora às vezes eu morra de medo.

Mas, eu não sou de desistir sem tentar. Afinal, eu amo alguém com quem quero ser feliz. Foi só pra ser feliz que a gente resolveu ficar juntos, então tem que lutar por isso... E nesse caso não existe um prazo.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

36.0



Trinta e seis anos de experiência!!

A gente comemora aniversário achando que está ficando velho e se preocupa. Esses dias me dei conta de que estou muito próxima dos 40 anos. Lembro que minha mãe ficou meio deprimida quando fez 40 anos... hoje ela tem 61. Mas é melhor se concentrar nos 36.

36... com a minha idade minha mãe engravidou do quarto filho. As coisas mudaram muito. Aos 36 eu faço planos para ter o meu primeiro, bem verdade que mesmo sabendo que eu estava esperando pela melhor hora para isso, há o peso de ter deixado o tempo passar demais...
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Acordei lá pelas seis e meia da manhã com meu noivo e meus enteados cantando Feliz Aniversário (com a disposição que essa hora da manhã permite estava mais para resmungo do que para canto kkkk) e com um bolo cheio de velinhas (depois eu soube que na primeira tentativa o bolo quase foi destruído pelo fogo. Foi preciso tirar parte da cobertura e substituir as velas kkkk).
Eu fiz ele jurar que não ia fazer nenhuma surpresa mirabolante... tipo colar cartazes pela rua, colocar um carro de som na porta de casa ou do trabalho... kkk até agora tudo bem.
Tem dias que a vida da gente parece um filme de comédia...que bom.
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Acabei de receber uma ligação. Havia uma entrega para mim na portaria do prédio. Eram flores enviadas pelo meu amor. Ufa! Flores!! mais precisamente rosas. Justamente no momento em que eu estava ajudando meu colega a encontrar uma floricultura que pudesse entregar flores para a namorada dele. Coincidência heim?!!

Já ganhei mais flores dele nesse ano em que estamos juntos doque havia recebido em toda a minha vida. Ter essa pessoa na minha é um grande presente que Deus me deu.
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Bem cedinho recebi a ligação de minha mãe, meu pai e minha irmã Arieli. Também recebi uma mensagem de minha irmã Ariane. Coisa boa receber tanto carinho logo cedo.
Estou numa fase muito boa de minha vida. Me sinto feliz.
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Momentos...

Viagem a Caraguatatuba, litoral de São Paulo. Dia nublado, com pancadas chuva.

Linda vista no caminho.

Molhando os pés (e a roupa) no mar novamente depois de 3 anos!


Travessia na balsa, de São Sebastião a Ilhabela.
Praia em Ilhabela. Água transparente, limpinha, sem ondas... chão de pedras!


Quixote achando que já estava na hora de ir para casa. Encontrou a porta do carro aberta e se ajeitou no seu cantinho (todo embarrado!!!)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O retorno


Depois de 30 dias retorno ao meu blog. Simplesmente desliguei. Mal dei umas olhadinhas no orkut durante as férias. Na verdade eu só o mantenho porque o vejo como um endereço no qual as pessoas podem me encontrar e eu encontrar amigos e familiares. Apenas isso. Passou a febre (se é que algum dia eu a tive). Já o blog tem outra função. É meu desabafo, é meu exercício de escrita, da escrita cotidiana, sem formalidades. E por ser assim, descompromissado que ficou parado esses dias.
Nesse retorno à rotina não posso deixar de registrar aqui o que se passou nesses dias de descanso mental. A começar pela viagem: sem greve e sem grandes atrasos no aeroporto!! Era tudo o que eu desejava, mas não acreditava que pudesse acontecer.
Depois veio o Natal. Jantar com a família, presentes, abraços... almoço na casa da avó, a grande família materna quase toda reunida (infelizmente, o triste diagnóstico de leucemia no filho de 3 anos de uma prima deixou a todos abalados e impossibilitou a presença de alguns familiares). Isso fez pairar uma nuvem de preocupação e lamento em nossa festa de Natal, mas nós nos mantivemos esperançosos e graças a Deus Vinícius vem enfrentando muito bem a doença.
E no Ano Novo foi a vez de meu noivo conhecer meus familiares. Depois de uma longa viagem (de carro) eis que ele para em frente à casa de meus pais apenas com a ajuda de um mapinha que eu havia feito. É claro que ele conquistou a todos com sua simpatia, seu imenso coração sempre pronto a ajudar, muito prestativo. Tanto que mal chegou já se pôs a ajudar nas mudanças que meus pais estavam fazendo na casa. Trabalhamos muito por sinal, mas ficamos contentes de poder ajudar.
Visitamos parentes, mas teve muita gente que não pudemos ver. Ficamos devendo para a próxima.
Passamos uns dias (quentes, muito quentes!!!) numa pousada em um balneário da região, depois viajamos a São Paulo, com uma parada para descanso de uma noite em Curitiba (nos hospedamos no hotel de trânsito da aeronáutica, dentro do CINDACTA II). Em SP visitei o Brás. Confesso que me decepcionei. Não gostei do atendimento que é dado aos varejistas. Não se pode provar as roupas, ninguém te dá muita atenção; não deixam nem usar o banheiro da loja em que se está comprando! Não deu tempo de fazer programas noturnos, porque ficamos pouco na cidade mesmo. Fomos a Caraguatatuba. Eu tinha vontade de conhecer o litoral de São Paulo e como o André tem tios que têm casa lá, fomos fazer uma visita. Tudo rapidinho (apenas 2 dias), só para rever o mar... na ida até lá fomos parando nas praias. São Sebastião, Ilhabela...o tempo estava nublado, sol mesmo só pegamos numa manhã em Caraguá. Mas valeu a pena. Eu gosto de passear, conhecer lugares...
No retorno a Brasília paramos para dormir em Sete Lagoas – MG e chegamos em casa no dia 17/01. Eu estava exausta!! Não foi fácil a viagem de volta em 4 pessoas, sacolas no banco de trás por falta de espaço no bagageiro... o Quixote a viagem toda aos meus pés... chuva, sol, calor, vento. Um abre e fecha interminável dos vidros do carro... mas felizmente chegamos bem, sem nenhum imprevisto e com uns diazinhos para organizar a casa antes de voltar ao trabalho. Depois eu conto o resto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Para as mulheres que não querem ser "boazinhas"...

(Texto enviado a mim pelo meu 'noivorido')

AS BOAZINHAS QUE ME PERDOEM

Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,
que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades,
que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade,
seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas,
profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

Martha Medeiros