Meu marido me perguntou hoje, qual seria o tema de minha
próxima postagem no blog. Disse-lhe que seria sobre “meu marido entediado”.”Sério?”,
disse ele. E eu confirmei e fiquei procurando um título. Já li muitas coisas
sobre as mudanças na vida do casal após o nascimento de um bebê. Já passamos
por algumas das fases descritas nos textos, e algumas situações vividas por
outros pais também acontecem(eram) conosco. O estresse, as noites mal dormidas,
o cansaço, a falta de desejo sexual, a dificuldade para fazer programas que
fazíamos antes do bebê nascer... Somos bem crescidinhos e já éramos maduros quando nos casamos e decidimos
ter um filho juntos. Sabíamos das dificuldades que viriam pela frente e das
alegrias também, especialmente ele, que já tinha dois filhos.
Estamos muito felizes com nosso menininho, ele é uma benção,
um tesouro que Deus nos deu, mas criar uma criança é desafiador, claro, e não
há como negar que é difícil e cansativo também, às vezes. Durante a semana temos o trabalho, o bebê fica na creche à
tarde e pela manhã comigo. Fico feliz
quando chega a sexta-feira e sei que meu marido estará em casa à noite e logo
virá o final de semana para ficarmos os três juntos. Mas já faz alguns fins de
semana que percebo meu marido entediado. Não temos nenhum parente aqui ou
alguém com quem possamos deixar o bebê para ficarmos algum tempo sozinhos e,
por mais que não queiramos, isso acaba limitando
muito nossos programas. Nunca fomos de festas e baladas e nem tínhamos uma vida
social agitada, mas sentimos falta de um tempo só para nós, e acho que meu
marido muito mais. Nós fazemos passeios, vamos a restaurantes, mas é tudo muito
limitado, não dá para “relaxar” muito.
Sei que a relação mãe e filho é diferente da que se estabelece entre
pai-filho. A mãe parece tolerar mais, talvez até nem se importar muito com sua
própria vida. É biológico. Meu marido não me faz cobranças. Ele foi sempre
muito compreensivo comigo, me ajuda muito com o bebê, mas confesso que me cobro
por isso. Não consigo nem ficar até tarde acordada para assitir a um filme com
ele. Será que não estou dando atenção suficiente a meu marido? O que posso
fazer para reverter a situação? Será que eu poderia/deveria agir
diferente? Sei que esses não são dilemas
só meus, mas de muitas mulheres, muitos casais. Sei também que essa fase vai
passar, mas gostaria de encontrar uma forma para que ela seja o menos “problemática”
possível.
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