quarta-feira, 9 de junho de 2010

A convivência no ambiente de trabalho



O local de trabalho é onde passamos a maior parte de nosso dia, por isso é muito comum que as grandes amizades e os relacionamentos amorosos se formem especialmente ali.
Ruim é quando há algum colega com quem a convivência se torne difícil, e mesmo difícil de suportar.

Quando eu era adolescente, trabalhei como “secretária”(mais recepcionista e faxineira do que ´propriamente secretária) no escritório de um advogado. Eu trabalhava pela manhã e outra funcionária á tarde. Mesmo em turnos diferentes aconteciam problemas: ela deixava a sujeira para eu limpar, deixava bilhetes desagradáveis, mas era a gostosona... acabou sendo contratada para o período integral. Muitos anos depois, quando trabalhei numa editora, certo dia recebi um e-mail enviado por engano por uma colega. Nele, ela se dirigia a um amigo falando muito mal de mim. Dizendo que eu era puxa-saco do chefe e coisa e tal. Diferentemente do que ela pensava, eu tinha o respeito e consideração de meu chefe, que levava em conta minha opinião, mesmo em assuntos que não diziam respeito diretamente a minha função. E tínhamos uma relação de amizade também. Fora que ela vivia dando atiradinhas, fazendo “pequenas ofensas”. Um dia ela foi fazer outra coisa, a vi poucas vezes depois disso e estava sempre com um sorrisinho sarcástico nos lábios... Nesse mesmo lugar havia uma outra colega com quem era muito difícil de conviver. Ela não era nada carinhosa com as pessoas, séria, parecia que estava sempre de mau humor. Mas por incrível que pareça, eu conseguia lidar bem com ela e até apaziguava as situações de conflito. Com jeitinho, eu conseguia falar com ela, ajudar em algumas tarefas e obtinha ajuda também.
Mas tem aquelas coisinhas bobas, do dia a dia... Aquele colega que deixa copos com água sob a mesa cheia de papéis (inclusive os seus), aquele que ouve música alta, aquele que fala alto ao telefone... aquele que está sempre de cara amarrada...o que quer a janela fechada, o que quer a janela aberta. Tem aquele que deixa o trabalho todo pra você, e aquele que acha que é o único que sabe fazer as coisas ( minha querida amiga Flávia que o diga), e por aí vai.

Até poucos dias eu achava que meu atual ambiente de trabalho era maravilhoso, mas as coisas mudaram por aqui. Desde os últimos episódios narrados nesse blog, tem um colega que mudou muito. Ele era quieto, sério, mas às vezes até brincava. A gente deixava os documentos para ele fazer e logo estavam prontos. Agora ele dá umas enroladas... não tem pressa não, parece que quer mesmo é que a gente fique esperando. Outro dia discutimos por causa do ar condicionado. Minha colega e eu estávamos sentindo frio, então aumentamos a temperatura. Quando ele percebeu, fez um monte de comentários desagradáveis, o maior discurso. Depois foi porque não entendeu uma letra num texto. Ficou fazendo comentários de que ia comprar caderno de caligrafia para gente e coisa e tal. Ontem tivemos que refazer várias vezes um documento e ele não gostou. Disse que era pra gente se decidir logo, que já tinha refeito 10 vezes (foram umas 5) e que “antes não era assim”, que “antes” se fazia uma vez e só. Aí eu disse que talvez fosse porque os novatos (eu e meu colega) fossem incompetentes e ele disse que era isso que ele estava pensando... pois é.
Minha colega que está aqui há mais tempo disse para eu não ligar. Em vez de bater de frente usar outra estratégia: elogiar. Mostrar o quanto eu valorizo o que ele faz, tentar levar na brincadeira … e tentar conquistá-lo pelo meu trabalho. Talvez ele não merecesse tanto empenho meu, mas o fato é que eu quero trabalhar num ambiente agradável e quero me dar bem com meus colegas, especialmente aqueles que estão na mesma sala que eu.
Conviver num grupo é sempre um desafio. Um tantinho de bom senso em cada um já ajudaria muito na tarefa.

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