A tarde começou péssima. Quando tem reunião com o chefe, boa coisa não é. Erros idiotas comprometeram o trabalho, fizeram o chefe ser repreendido pelos seus superiores e este, a nós. Fiquei tão chateada, me senti tão culpada, mesmo a responsabilidade não sendo apenas minha. Depois ainda ter que ficar ouvindo um monte de comentários dos colegas e aguentar o clima que se estabeleceu: apreensão, insegurança. Para entender: alguns documentos elaborados ontem voltaram com erros de digitação. Mas a redatora/revisora não viu, no caso, eu. Todos foram repreendidos por isso e a imagem da redação ficou abalada. Aí, por excesso, os textos não só foram corrigidos como refeitos!!!
Depois que a nova chefe de gabinete assumiu yem sido sempre assim: faz-se, refaz-se, um modelo que a gente usa num dia já não serve no outro... Nossa capacidade sempre colocada em jogo, como se fossemos profissionais despreparados, subestimando nossas capacidades. Alguns dias são assim mesmo... amanhã é outro dia.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
O único céu
Por Fundação José Saramago
Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu.
Selecção de Diego Mesa
In Memorial do Convento, Editorial Caminho, 43.ª ed., p. 121, publicado no blog Cadernos de Saramago
Por Fundação José Saramago
Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu.
Selecção de Diego Mesa
In Memorial do Convento, Editorial Caminho, 43.ª ed., p. 121, publicado no blog Cadernos de Saramago
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Fui tomar a vacina contra a gripe H1N1, hoje. Estou com o braço dolorido!! Não sei se efeito da vacina ou se porque depois dela fiz hidroginástica.Por falar nisso, pensei que fosse ter um ataque cardíaco no sábado, durante a aula. A professora pegou pesado mesmo.Fiquei com o rosto vermelho feito um pimentão e pegando fogo! Meu coração parecia que ia sair pela boca!Acreditem! Quando a aula acabou precisei ficar uns minutos no vestiário me recompondo.
Para completar, no almoço, me servi de legumes ao molho de camarão - não li a etiqueta. Quando vi os camarões eu os tirei do prato, porque sei que não me fazem bem, mas... ingenuidade minha!!! Ainda no restaurante comecei a sentir uma ardenciazinha na garganta. Cheguei em casa e a coisa piorou. Me senti tão mal!! Dor no peito, inchaço... pensei que iria ter que chamar o SAMU. Pensei em chamar meu namorado, mas ele estava sem carro, só iria preocupá-lo. Tomei o santo remmédio de minha mãe para problemas estomacais, a Olina, e um comprimido de antialérgico. Automedicação, eu sei... mas pior do que eu estava não ia ficar. Funcionou. Dei um tempo e fui melhorando. A tristes penas aprendi que não tem jeito: camarão nunca mais.
Melhorei a tempo de ajudar meu namorado na arrumação de uns armários na casa dele (Quanta coisa desnecessária a gente guarda!! Que difícil se desfazer de livros velhos, apostilas que nunca usamos...!!!).
Depois de tudo isso bem que eu mereci uma saidinha.

Domingo tem sido o dia dos passeios, de aproveitar os dias de sol e calor para conhecer Brasília e arredores. Semana passada foi o Salto Corumbá, ontem foi o Vale do Amanhecer. Para quem não sabe, o vale do Amanhecer é como uma comunidade, criada pela primeira mulher caminhoneira do Brasil, a Tia Neiva. Ela é a guia espiritual dos adeptos da ceita. Uma mistura de cristianismo, espiritismo, crenças indígenas, egípcias... Apesar de termos sido acompanhados por um guia, que foi muito prestativo e nos mostrou o local, é difícil em apenas uma visita entender como as coisas funcionam lá. Ao olhar do visitante, é bastante estranho. Os participantes usam trajes diversos, com capas, vestidos e adornos coloridos. Um lugar muito curioso.
Para completar, no almoço, me servi de legumes ao molho de camarão - não li a etiqueta. Quando vi os camarões eu os tirei do prato, porque sei que não me fazem bem, mas... ingenuidade minha!!! Ainda no restaurante comecei a sentir uma ardenciazinha na garganta. Cheguei em casa e a coisa piorou. Me senti tão mal!! Dor no peito, inchaço... pensei que iria ter que chamar o SAMU. Pensei em chamar meu namorado, mas ele estava sem carro, só iria preocupá-lo. Tomei o santo remmédio de minha mãe para problemas estomacais, a Olina, e um comprimido de antialérgico. Automedicação, eu sei... mas pior do que eu estava não ia ficar. Funcionou. Dei um tempo e fui melhorando. A tristes penas aprendi que não tem jeito: camarão nunca mais.
Melhorei a tempo de ajudar meu namorado na arrumação de uns armários na casa dele (Quanta coisa desnecessária a gente guarda!! Que difícil se desfazer de livros velhos, apostilas que nunca usamos...!!!).
Depois de tudo isso bem que eu mereci uma saidinha.

Domingo tem sido o dia dos passeios, de aproveitar os dias de sol e calor para conhecer Brasília e arredores. Semana passada foi o Salto Corumbá, ontem foi o Vale do Amanhecer. Para quem não sabe, o vale do Amanhecer é como uma comunidade, criada pela primeira mulher caminhoneira do Brasil, a Tia Neiva. Ela é a guia espiritual dos adeptos da ceita. Uma mistura de cristianismo, espiritismo, crenças indígenas, egípcias... Apesar de termos sido acompanhados por um guia, que foi muito prestativo e nos mostrou o local, é difícil em apenas uma visita entender como as coisas funcionam lá. Ao olhar do visitante, é bastante estranho. Os participantes usam trajes diversos, com capas, vestidos e adornos coloridos. Um lugar muito curioso.

quarta-feira, 12 de maio de 2010
Aqui no reino é assim
Aqui no reino é assim: quando os súditos querem exigir seus direitos, ou o que pensam ser seus direitos, tomam conta dos arredores do palácio, impedem a passagem dos transeuntes e criam a maior confusão no trânsito. Foi o que aconteceu hoje. Sorte minha que ouvi o aviso de que o acesso seria tomado pelos manifestantes e me apressei para chegar antes disso. Sem ganhar hora extra. Sou a favor de que as pessoas manifestenm sua indignação, cobrem atitudes das autoridades, mas o caso é que aqui isso acontece toda semana. Quem tem que trabalhar no reino é que acaba pagando o preço mais caro. E a vida segue...
Que saudade do frio!!!
Enquanto minha mãe se aquecia ao lado do fogão, no domingo, eu tomava banho de cachoeira!! Apesar de o passeio ao Salto Corumbá ter sido muito legal, dia de sol, água gelada, belas paisagens... sinto falta do friozinho de minha terra natal. Comer pinhão, pipoca, tomar o mate de leite que minha mãe faz. A casa fica tão mais aconchegante quando é frio.
Até agora eu não havia sentido diferença entre o clima daqui e de Chapecó. Os dias estavam até menos quentes doque lá. Mas agora que o friozinho bateu lá e aqui os dias ainda são quentes, começo a perceber a diferença.
Que saudade do frio!!!
Enquanto minha mãe se aquecia ao lado do fogão, no domingo, eu tomava banho de cachoeira!! Apesar de o passeio ao Salto Corumbá ter sido muito legal, dia de sol, água gelada, belas paisagens... sinto falta do friozinho de minha terra natal. Comer pinhão, pipoca, tomar o mate de leite que minha mãe faz. A casa fica tão mais aconchegante quando é frio.
Até agora eu não havia sentido diferença entre o clima daqui e de Chapecó. Os dias estavam até menos quentes doque lá. Mas agora que o friozinho bateu lá e aqui os dias ainda são quentes, começo a perceber a diferença.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Crack, uma epidemia
Assisti ao Profissão Repórter de ontem porque o tema me chamou atenção. Desde que tive a triste experiência de conviver com um dependente químico, qualquer reportagem, documentário etc, que trata do assunto me interessam. É um misto de curiosidade e como que a possibilidade de compartilhar aquilo que passei. As histórias que assisti parecem muito piores doque aquela que presenciei, mas tão doloridas e decepcionantes quanto: ver um homem que teria tudo para ter uma carreira brilhante, que tinha uma boa casa, uma família, uma esposa, trocar tudo pelo vício do crack. É impossível para qualquer um que não seja dependente imaginar uma situação dessas.
Eu me vi naquela reportagem, acompanhando meu ex-marido a clínicas, indo visitá-lo, acreditando em cada uma das vezes que aquela seria a última. Não desejo a ninguém ser ou ter em sua família um dependente químico.
Quando me separei, porque me neguei a descer ao fundo do poço com ele, evitava dizer às pessoas as razões da separação. Achava que deveria preservar a mim e a ele, mas no fundo acho que havia um pouco de vergonha aí, de medo de ser julgada egoísta e de evitar de ter que responder perguntas como “Mas você não sabia que ele usava drogas?”, “ Você não percebeu nada?”. Hoje não tenho mais pudores e nem medo. Não me envergonho de dizer que, embora soubesse que ele era dependente químico em recupeação na época do casamento, não tinha a real visão da situação; que eu acreditava que no momento em que uma pessoa dizia que não usava mais drogas isso seria suficiente. Não tinha noção de o quanto é difícil largar o vício quando se está convencido da necesssidade disso e muito menos quando só se dispõe a fazê-lo por vontade de outras pessoas. O resultado se viu no programa: fugas, desistências, recaídas... Sorte minha não ter vivido com ele o bastante para ver minhas coisas sumirem de dentro de casa (embora tenha sido roubada algumas vezes e só muito tempo depois ter juntado os fatos), nem passar por agressões físicas, nem vê-lo cometendo crimes e sendo preso, como muitas esposas e mães têm visto.
Tenho muita pena dessas pessoas, mas muito mais de suas famílias. Compreendo perfeitamente as mães que desesperadas amarram seus filhos, criam celas dentro da própria casa e mesmo chegam a matar seus próprios filhos para se defenderem ou tentar protegê-los.
O que se vê hoje é uma situação de calamidade pública causada pelas drogas, principalmente pelo crack. Uma situação que deveria ser tratada como se tratam as demais epidemias, com ações duras, conjuntas e eficazes. Mas barrar o crack vai muito além de tratar da dependência. Basta pensar na situação de uma das usuárias entrevistadas que disse : “Meu filho tá com minha mãe. Ela fuma pedra desde os 15. meu pai chera farinha, meu ex-marido (ou irmão, não lembro) tá preso” . Como uma pessoa dessa vai cogitar voltar para casa, e como vai largar o vício se não tem nenhuma perspectiva?
Embora saibamos que o crack não está apenas nas camadas pobres da população, é necessário tratar a sociedade. Isso passa por moradia, emprego, saúde, estrutura familiar, condições dignas de vida, educação e oferecer perspectiva de vida às pessoas, combate ao crime. Um trabalho árduo e a longo prazo que chega a parecer impossível de ser concretizado. Até que isso um dia aconteça, muitas histórias dramáticas ainda irão acontecer, muitos jovens irão morrer, muitas famílias serão destruídas, infelizmente.
Eu me vi naquela reportagem, acompanhando meu ex-marido a clínicas, indo visitá-lo, acreditando em cada uma das vezes que aquela seria a última. Não desejo a ninguém ser ou ter em sua família um dependente químico.
Quando me separei, porque me neguei a descer ao fundo do poço com ele, evitava dizer às pessoas as razões da separação. Achava que deveria preservar a mim e a ele, mas no fundo acho que havia um pouco de vergonha aí, de medo de ser julgada egoísta e de evitar de ter que responder perguntas como “Mas você não sabia que ele usava drogas?”, “ Você não percebeu nada?”. Hoje não tenho mais pudores e nem medo. Não me envergonho de dizer que, embora soubesse que ele era dependente químico em recupeação na época do casamento, não tinha a real visão da situação; que eu acreditava que no momento em que uma pessoa dizia que não usava mais drogas isso seria suficiente. Não tinha noção de o quanto é difícil largar o vício quando se está convencido da necesssidade disso e muito menos quando só se dispõe a fazê-lo por vontade de outras pessoas. O resultado se viu no programa: fugas, desistências, recaídas... Sorte minha não ter vivido com ele o bastante para ver minhas coisas sumirem de dentro de casa (embora tenha sido roubada algumas vezes e só muito tempo depois ter juntado os fatos), nem passar por agressões físicas, nem vê-lo cometendo crimes e sendo preso, como muitas esposas e mães têm visto.
Tenho muita pena dessas pessoas, mas muito mais de suas famílias. Compreendo perfeitamente as mães que desesperadas amarram seus filhos, criam celas dentro da própria casa e mesmo chegam a matar seus próprios filhos para se defenderem ou tentar protegê-los.
O que se vê hoje é uma situação de calamidade pública causada pelas drogas, principalmente pelo crack. Uma situação que deveria ser tratada como se tratam as demais epidemias, com ações duras, conjuntas e eficazes. Mas barrar o crack vai muito além de tratar da dependência. Basta pensar na situação de uma das usuárias entrevistadas que disse : “Meu filho tá com minha mãe. Ela fuma pedra desde os 15. meu pai chera farinha, meu ex-marido (ou irmão, não lembro) tá preso” . Como uma pessoa dessa vai cogitar voltar para casa, e como vai largar o vício se não tem nenhuma perspectiva?
Embora saibamos que o crack não está apenas nas camadas pobres da população, é necessário tratar a sociedade. Isso passa por moradia, emprego, saúde, estrutura familiar, condições dignas de vida, educação e oferecer perspectiva de vida às pessoas, combate ao crime. Um trabalho árduo e a longo prazo que chega a parecer impossível de ser concretizado. Até que isso um dia aconteça, muitas histórias dramáticas ainda irão acontecer, muitos jovens irão morrer, muitas famílias serão destruídas, infelizmente.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Reunião na Corte

Aqui na Corte teve reunião hoje. A Chefe Suprema se apresentou aos súditos. Mostrou-se exigente, mas muito amistosa. Eliminou as impressões ruins e nos certificou de que o trabalho será árduo daqui para a frente. Nada de coletes coloridos! Sobriedade,gentilieza e competência são requisitos essenciais e lealdade é o lema.
E a vida segue no reino.
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