quarta-feira, 28 de abril de 2010

80 anos não são para qualquer um

Enquanto Brasília comemorava seus 50 anos, minha avozinha materna completava seus 80 anos de muita luta. Se pudesse participaria das duas comemorações, mas escolhi as de laço de sangue e de afeto, afinal, na capital sou uma recém-chegada.
Valeu a pena.Além de voltar à minha cidade, rever a família e alguns amigos, tive a oportunidade de encontrar com os parentes com os quais encontro poucas vezes ao ano. Tios, tias, primos,afilhados...muita risada, pouco assunto sério, muitos abraços... Mas ver a alegria de minha avó com a surpresa de ver toda a família vestindo camisetas com sua foto, de ver os filhos, netos e bisnetos a homenageando foi o mais gratificante.
Essa mulher, viúva com seus trinta e poucos anos, criou 10 filhos sozinha e construiu uma família que pode ter lá seus problemas, mas é uma família unida e feita de pessoas de bem. Imagino que tenha sido esse o maior desejo dela. Dizem que ela sempre foi muito dura com os filhos, talvez graças a isso nenhum deles tenha se perdido pelo caminho da vida. Haveria outro mode de uma jovem viúva manter sua grande família no caminho certo? Se era dura, também sempre foi decidida e generosa.
Pelas suas mãos trouxe ao mundo dezenas de crianças. Foi agente de saúde, e na pastoral da criança ajudou a confeccionar roupas e cobertores para bebês carentes. Se um filho ou neto ficam doente, ela larga seus afazeres e vai cuidar deles. Ela é o centro da família, a razão de todos os demais existirem. E até que Deus permita, ela vai estar presente em nossas vidas, não como uma expectadora, mas como protagonista.

P.S. Aguardem as fotos

Um comentário:

  1. Parabéns para sua vó e que ela possa chegar ao centenário com muita saúde e paz. abraçoooooooo

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