terça-feira, 23 de agosto de 2011

9 de agosto


Em 9 de agosto de 2011 eu obtive meu primeiro resultado de gravidez positivo. Três dias depois eu tive minha primeira (e quiçá, única) frustração deste tipo: um aborto espontâneo.

Aos primeiros sinais de atraso menstrual surgiu a expectativa e a alegria pela gestação tão esperada. Há exatamente um ano parei de tomar pílula e venho tentando engravidar. Fiz todos os exames solicitados pela ginecologista e nada de errado foi constatado. Era só praticar. Foi o primeiro indício de gravidez. Meu marido/noivo e eu ficamos muito felizes e eu logo tratei de espalhar a notícia. Mas quando o sangramento começou, fiquei apreensiva e com medo. Na internet muitos artigos dizem que isso é normal, que significa que o embrião se colou ao útero ou coisa assim, mas a situação só foi piorando e vieram as cólicas. Exames de BHCG e ecografia transvaginal confirmaram: não havia mais indícios de gravidez.

Não posso dizer que foi um choque, uma tragédia, porque estava apenas no início, e eu nem mesmo me sentia grávida. Era até estranho quando alguém mencionava isso, mas fiquei triste. Na noite em que o sangramento começou meu marido e eu corremos para o hospital, depois passamos horas a procura de clínicas ou hospitais que fizessem os exames de emergência, além disso tinha as dores abdominais... eu estava exausta. Chorei talvez mais pelo estresse gerado do que pela perda em si (como eu disse, pela gravidez ser tão recente). Depois me senti meio envergonhada por ter de contar às pessoas que eu não estava mais grávida. Eu sei que as pessoas entendem isso, mas era como se eu tivesse contado a todos uma mentira. Ta, é uma bobagem, mas foi assim que eu me senti.

Depois a frustração pesou mais. Eu não sabia nem como registrar isso aqui no blog. Somente hoje consegui encontrar as palavras para isso.
Agora me sinto bem, tanto física como emocionalmente. Consegui voltar a minha vida normal e posso continuar tentando... Voltei minhas atenções ao casamento outra vez, retornei ao trabalho , que por sinal está exaustivo, e vou seguindo, como sempre faço.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Preparativos

Passados muitos dias sem postagens é bom fazer um balanço.
Julho foi um mês muito estressante. Enquanto meu colega revisor curtia férias eu ficava atabalhoada de trabalho!! Ufa! Chefia nova, muita coisa, muita coisa, muita coisa pra fazer. Muita pressão pelos acertos. Muita responsabilidade. Somadas às responsabilidades do trabalho com as de casa, somadas às férias dos enteados, somadas ao cansaço de meio de ano... Nossa. Estava a ponto de pirar e talvez pirar quem estava perto de mim. Desabei. Uma vez no trabalho, uma vez em casa. No trabalho me senti constrangida, em casa aliviada. Chorei, fiquei com olheiras... o mês passou, as férias acabaram e as coisas parecem estar voltando ao normal.



Quer dizer... normal na minha vida é sempre estar planejando algo. Já que o bebê não vem, e pra deixar a ansiedade sobre o assunto de lado, e já que as pessoas insistem em repetir a máxima de que o problema é a tal da ansiedade, eu resolvi me entreter com alguma coisa. Pedi meu namorido em casamento. É mesmo. Fui eu quem tomou a decisão (que a gente já havia tomado há tempos, mas estava esperando o momento adequado). Ele topou na hora. Escolhi a data e começamos os preparativos.

A distância as coisas ficam um pouco complicadas, mas sorte que a família é bem relacionada e cada um conhece alguém que pode resolver ou organizar algum dos detalhes do casamento. De longe, uma vez que o casamento será no Sul, em dezembro, vamos planejando e meus familiares vão executando. Os convidados não serão muitos, nem vai dar pra convidar todos os parentes; também não queremos nem podemos fazer algo muito dispendioso, mas mesmo assim há muito trabalho: preparar os convites, entregá-los, contratar a decoração, o fotógrafo, o som, o buffet...O que parecia uma tarefa árdua até que está indo muito bem.Família grande tem suas vantagens. Cada um com sua especialidade e sua profissão vai ajudar a preparar a cerimônia e a festa.Um dos tios vai celebrar a missa, outros vão preparar a missa. Os pais encontraram uma capela do jeito que eu queria. O noivo vai ele mesmo preparar os convites. Uma tia alugou o local para a festa, uma prima vai preparar o jantar. O irmão já arrumou quem vai tocar e um primo é DJ. Uma amiga da família faz bolos, a cunhada conhece quem faz doces maravilhosos... e por aí vai. Uma das irmãs trabalha num clube e vai emprestar foros de cadeiras e toalhas. A mãe não sabe, mas vai fazer os guardanapos de tecido e eu mesma quero fazer os porta guardanapos para presentear os convidados.

Vamos tentar fazer bem bonito dentro de nossas possibilidades. Cá entre nós, é uma ótima distração, não?