quarta-feira, 23 de junho de 2010

A difícil luta por justiça - parte 2


Estou decepcionada.Como eu escrevi na parte 1, precisava de testemunhas para minha audiência trabalhista. Só recebi recusas. Não que minha causa seja equivocada, tenho certeza de que não se trata disso, mas porque as pessoas não querem se envolver, têm medo. Eu entendo o medo, mas não consigo aceitar. Pessoas esclarecidas, professores, pessoas envolvidas em causas sociais... ex-colegas, amigos até!!
Dói muito cair na real e ver que na hora que a gente mais precisa são poucas as pessoas com quem se pode mesmo contar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Luto por José Saramago



O livro que teminei de ler esta semana é A jangada de pedra, desse maravilhoso escritor qu hoje nos deixa órfãos.
A Literatura Mundial perde um grande escritor. A perda só não é maior porque suas obras pemanecem, encantadoramente.
O mundo perde um grande intelectual e um grande homem.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A difícil luta por justiça


A justiça existe para todos, não é mesmo? Mas se é assim porque tantas pessoas desistem de lutar por seus direitos? Por que simplesmente abrem mão deles? Nunca havia pensado em processar ninguém até que fui demitida de uma escola particular na qual trabalhei. O que me motivou a isso foi a alegação que deram para justificar minha demissão e outra pelas horas extras que me fizeram trabalhar, sob muita pressão. Dos quatro demitidos no mesmo período e por justificativas também esdrúxulas, até onde sei apenas eu resolvi procurar a justiça para requerer meus direitos. Mas aí eu esbarro num obstáculo: as testemunhas. Para provar minhas alegações não basta a minha palavra, é necessário o testemunho de outras pessoas. Mas quem quer se envolver no problema dos outros?

Existe no Brasil o terrível hábito da omissão. As pessoas presenciam fatos, percebem as injustiças, mas não querem se envolver por medo de retalhações. Há meses tenho enviado e-mails para ex-colegas explicando minha situação e pedindo ajuda, pedindo que sejam minhas testemunhas. O caminho escolhido para fugirem do assunto foi simplesmente nem responder. Há até quem parece estar me evitando. Fico tão decepcionada, afinal não estou mentindo, nem fazendo acusações caluniosas. Estou me defendendo. Estou buscando meus direitos como cidadã e profissional. Pior é que até amigos estão agindo assim.

Lembro-me de muitas vezes ter ouvido que quem entra na justiça contra um empregador teria dificuldades de arrumar emprego depois. Esse mito se espalhou muito fortemente e levou muitas pessoas a se conformarem com sua condição, e a não buscarem seus direitos. Mas ainda assim, quem deveria estar preocupada seria eu, não minhas testemunhas. E não se trata de pessoas sem esclarecimento não. O medo do poder e a individualidade levam as pessoas a atitudes como a omissão. O senso de justiça deveria prevalecer sempre, afinal, quem poderá dizer que não vai precisar da justiça e do testemunho de alguém em algum momento da vida?

Parece-me que os olhos vendados da Justiça estão sendo mal-interpretados.

sábado, 12 de junho de 2010



É Dia dos Namorados. Eu sei que muitas amigas minhas devem estar pensando que estou tendo uma noite daquelas, super romântica, cheia de amor. Não, não... estou em casa sozinha. As coisas nem sempre saem ou são como a gente deseja. No meu caso, é preciso levar em conta que meu amor tem responsabilidades de pai. Confesso que às vezes eu não sei lidar bem com isso, mas estou aprendendo e até que estou me saindo bem. Estamos. Então hoje eu abri mão do namorado para ele levar a filha a um show, que eu não quis ir. Não estou chateada com isso. O plano era comemorar a data ontem (sexta-feira). Não foi bem assim. Imprevistos no trabalho causaram atraso... e muito mau humor meu. Ë que com o atraso a “noite especial” não aconteceu, ficou só na pizza. Foi difícil fazer meu namorado entender porque eu fiquei tão chateada. Porque minhas expectativas foram frustradas... era nosso primeiro dia dos namorados. A noite só não foi toda por água abaixo porque ele é muito calmo. Mas como eu me conheço bem, sabia que hoje eu estaria bem melhor, que tudo ia ficar bem. Fiz um almocinho especial, passamos a tarde juntos e tudo ficou bem. Tudo superado. Namorar também é isso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A convivência no ambiente de trabalho



O local de trabalho é onde passamos a maior parte de nosso dia, por isso é muito comum que as grandes amizades e os relacionamentos amorosos se formem especialmente ali.
Ruim é quando há algum colega com quem a convivência se torne difícil, e mesmo difícil de suportar.

Quando eu era adolescente, trabalhei como “secretária”(mais recepcionista e faxineira do que ´propriamente secretária) no escritório de um advogado. Eu trabalhava pela manhã e outra funcionária á tarde. Mesmo em turnos diferentes aconteciam problemas: ela deixava a sujeira para eu limpar, deixava bilhetes desagradáveis, mas era a gostosona... acabou sendo contratada para o período integral. Muitos anos depois, quando trabalhei numa editora, certo dia recebi um e-mail enviado por engano por uma colega. Nele, ela se dirigia a um amigo falando muito mal de mim. Dizendo que eu era puxa-saco do chefe e coisa e tal. Diferentemente do que ela pensava, eu tinha o respeito e consideração de meu chefe, que levava em conta minha opinião, mesmo em assuntos que não diziam respeito diretamente a minha função. E tínhamos uma relação de amizade também. Fora que ela vivia dando atiradinhas, fazendo “pequenas ofensas”. Um dia ela foi fazer outra coisa, a vi poucas vezes depois disso e estava sempre com um sorrisinho sarcástico nos lábios... Nesse mesmo lugar havia uma outra colega com quem era muito difícil de conviver. Ela não era nada carinhosa com as pessoas, séria, parecia que estava sempre de mau humor. Mas por incrível que pareça, eu conseguia lidar bem com ela e até apaziguava as situações de conflito. Com jeitinho, eu conseguia falar com ela, ajudar em algumas tarefas e obtinha ajuda também.
Mas tem aquelas coisinhas bobas, do dia a dia... Aquele colega que deixa copos com água sob a mesa cheia de papéis (inclusive os seus), aquele que ouve música alta, aquele que fala alto ao telefone... aquele que está sempre de cara amarrada...o que quer a janela fechada, o que quer a janela aberta. Tem aquele que deixa o trabalho todo pra você, e aquele que acha que é o único que sabe fazer as coisas ( minha querida amiga Flávia que o diga), e por aí vai.

Até poucos dias eu achava que meu atual ambiente de trabalho era maravilhoso, mas as coisas mudaram por aqui. Desde os últimos episódios narrados nesse blog, tem um colega que mudou muito. Ele era quieto, sério, mas às vezes até brincava. A gente deixava os documentos para ele fazer e logo estavam prontos. Agora ele dá umas enroladas... não tem pressa não, parece que quer mesmo é que a gente fique esperando. Outro dia discutimos por causa do ar condicionado. Minha colega e eu estávamos sentindo frio, então aumentamos a temperatura. Quando ele percebeu, fez um monte de comentários desagradáveis, o maior discurso. Depois foi porque não entendeu uma letra num texto. Ficou fazendo comentários de que ia comprar caderno de caligrafia para gente e coisa e tal. Ontem tivemos que refazer várias vezes um documento e ele não gostou. Disse que era pra gente se decidir logo, que já tinha refeito 10 vezes (foram umas 5) e que “antes não era assim”, que “antes” se fazia uma vez e só. Aí eu disse que talvez fosse porque os novatos (eu e meu colega) fossem incompetentes e ele disse que era isso que ele estava pensando... pois é.
Minha colega que está aqui há mais tempo disse para eu não ligar. Em vez de bater de frente usar outra estratégia: elogiar. Mostrar o quanto eu valorizo o que ele faz, tentar levar na brincadeira … e tentar conquistá-lo pelo meu trabalho. Talvez ele não merecesse tanto empenho meu, mas o fato é que eu quero trabalhar num ambiente agradável e quero me dar bem com meus colegas, especialmente aqueles que estão na mesma sala que eu.
Conviver num grupo é sempre um desafio. Um tantinho de bom senso em cada um já ajudaria muito na tarefa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

manifesto sobre os cartões de crédito


Antes de meu manifesto, vale lembrar que hoje é sexta-feira, pós-feriado. Para uns, feriado prolongado.
Aos poucos o estacionamento vai enchendo, o barulho vai aumentando e a gente vai se conformando de que não é o único que teve de trabalhar hoje. E eu fico chateada quando dizem que funcionário público não trabalha!!!! Pelo menos tem uma coisa de bom... começamos a manhã de trabalho com a sensação de ser uma segunda-feira e terminaremos sabendo que é uma sexta!! Feitos os devidos choramingos, hora de partir pra outro... assunto.

De repente, já quase no final do feriado, surge a oportunidade de assistir a um show do Chimarruds, essas oportunidades que não se pode perder mesmo: feriado, perto de casa, baratinho, música boa... E lá fomos eu e meu bem. Um pouquinho atrasados porque até hoje não vi um show começar no horário, aliás não antes de 1 hora de atraso. Fila imensa para entrar na Exopotchê... e vinte minutos depois do previsto o show começa!! Sei não, mas acho que tinha mais de 1000 pessoas na fila (atrás de mim)!! E que lentidão! Uns trinta minutos depois de o show ter começado a gente finalmente entra. Confesso que por diversas vezes pensei em desistir. Engraçado é que eu não via as pessoas reclamarem.Se fosse na minha cidade as pessoas fariam aquela fila andar, rapidinho...No fim das contas, assistimos a uns 40 min do show,felizmente a tempo de ouvir Versos Simples.Acredito que a organização do evento não esperava tanto público, por isso poucos guichês, e mais... percebi que o que estava causando a demora era o pagamento com cartão. Obviamente que isso causa lentidão. Não sei se estou sendo intransigente, mas na minha opinião, compra de ingresso na hora deveria ser só com dinheiro, ou deveria haver uma fila específica para isso, pois leva de 2 a 3 minutos para cada transação. Eu achei absurdo.

E vejo que isso tem sido cada vez mais frequente. O uso de cartão de crédito/débito facilitou muito nossa vida,mas tem lá seus inconvenientes: o dinheiro fica no banco e você fica mais seguro contra assaltos; é muito mais aceito do que cheques; você só precisa apresentar a identidade (a maioria dos comerciantes aliás nem pede) sem ter de esperar que consultem seu nome no SPC; mas as maquininhas nem sempre funcionam e você pode ter que abandonar suas compras e ainda passar por constrangimento (você já passou pela situação de a máquina falhar mas o atendente ficar te olhando como se você fosse um golpista? Eu já me senti assim, é horrível); e tem ainda o lado de quem está na fila: na padaria, no supermercado, no cafezinho... às vezes por 3, 5 reais as pessoas passam o cartão!!! E quando o SISTEMA(sempre o sistema) não funciona ?!.

As pessoas querem agilidade, praticidade para acompanhar a vida moderna e estão "morrendo com o próprio veneno". Um tanto dramático, tudo bem, mas espero que tenham entendido o que eu quis dizer... Alguns vão me considerar uma chata, fazer o quê...

Eu, particularmente, acho muito mais elegante uma pessoa ter na carteira pelo menos o dinheiro para as coisas do dia a dia, usando o cartão para pagamentos mais altos. Se eu abrisse a carteira de alguém e visse nela uns 10 cartões de crédito e nada de dinheiro acharia que ela vive de aparência, e do limite do banco. é o que penso de alguém que não tem 5,00 para pagar o pãozinho na padaria.